terça-feira, 7 de julho de 2009
segunda-feira, 6 de julho de 2009
These Ain't Royalty Days
O frio do inverno traz consigo muitas coisas, a despeito do desânimo e da gripe que acomete tantos anualmente; coisas boas.
Não há sensação melhor do que nos embrulharmos num espesso edredon numa manhã de final de semana, embalados por nossas músicas favoritas enquanto realizamos nossa primeira refeição do dia, ainda sonolentos, lemos as últimas notícias, ou apenas agradecemos a Deus por nossa vida e por esse novo lindo dia...
Sempre preferi o frio ao calor, embora seja ótimo curtir uma praia ou uma cachoeira. Quando criança sempre surgia a pergunta clichê de onde você preferiria morar: no Saara ou no Alasca; minha responta era imediata: Na Sibéria. Apesar do idioma difícil e da localização hinóspita, em nenhum outro lugar eu encontraria tanta paz, frio e auroras boreais.
Foi numa dessas belas e frias manhãs de inverno que um garotinho atravessou correndo a sala de estar de sua casa, passando como um carro de corrida por cima daquele espesso tapete vermelho, levantando a poeira que sutilmente o encobria; rompendo com fulgor a porta da saída e envergando com incômodo estrondo o assoalho antigo daquela varanda que há anos era o local onde sua amada avó passava a maior parte das tardes observando a vida passar, e sobre ela tanto refletindo. O descrédito dado hoje em dia aos mais velhos só não é mais lamentável que o desdém dado ao sentimento do próximo. Com eles aprendemos mistérios inimagináveis sobre a vida, passados com amor e serenidade; sabendo que o tempo é aliado importante na busca eterna pela sabedoria.
Os olhos daquele pequeno rebento cruzaram em instantes toda a área da varanda, à procura da velha cadeira de balanço, que mais parecia um relógio antigo quando colocada em atividade, rangendo sistematicamente a cada impulso... ele sabia que onde estaria a velha cadeira, ali estaria sua amada avó. A rápida porém significativa busca terminara logo que uma mecha de cabelos brancos puderam ser vistos esvoaçando impulsionados por tão gelada brisa matutina, que rapidamente dissipava a fumaça saindo da caneca de café cuidadosamente postada ao lado da rangida cadeira.
Mais alguns passos afoitos romperam o sinuoso som da cadeira de balanço e logo pararam, dando lugar a um sorriso que faria brilhar o mais imponente sol mesmo no mais rigoroso inverno. Sorriso esse que é prontamente correspondido e acompanhado de uma cálida mão sobre sua cabeça. Aquele simples gesto refletia todo o carinho, autoridade e amor daquela anciã para com seu amado neto. Ela se surpreendeu por já tão cedo encontrar seu vibrante descendente correndo daquela maneira pela casa; por alguns segundos seus olhos se desviam para a neblina que ainda pairava sobre o jardim de sua casa, se dissipando a cada pinheiro que encontrava pelo caminho.
Alguns segundos são suficientes para que aquele menino, tão cheio de energia e curiosidade dirigisse a razão de tanta pressa para a velha senhora:
- vovó, lembra aquela história que a senhora leu pra mim sobre a princesa, o sapo e o príncipe?
-claro, o que tem ela?
-eu estive pensando vovó, o que aconteceria se a princesa beijasse o sapo e ele não fosse um príncipe?
-bom meu querido, nesse caso eu diria que uma princesa que escolhe o sapo, não é realmente uma princesa.
Não há sensação melhor do que nos embrulharmos num espesso edredon numa manhã de final de semana, embalados por nossas músicas favoritas enquanto realizamos nossa primeira refeição do dia, ainda sonolentos, lemos as últimas notícias, ou apenas agradecemos a Deus por nossa vida e por esse novo lindo dia...
Sempre preferi o frio ao calor, embora seja ótimo curtir uma praia ou uma cachoeira. Quando criança sempre surgia a pergunta clichê de onde você preferiria morar: no Saara ou no Alasca; minha responta era imediata: Na Sibéria. Apesar do idioma difícil e da localização hinóspita, em nenhum outro lugar eu encontraria tanta paz, frio e auroras boreais.
Foi numa dessas belas e frias manhãs de inverno que um garotinho atravessou correndo a sala de estar de sua casa, passando como um carro de corrida por cima daquele espesso tapete vermelho, levantando a poeira que sutilmente o encobria; rompendo com fulgor a porta da saída e envergando com incômodo estrondo o assoalho antigo daquela varanda que há anos era o local onde sua amada avó passava a maior parte das tardes observando a vida passar, e sobre ela tanto refletindo. O descrédito dado hoje em dia aos mais velhos só não é mais lamentável que o desdém dado ao sentimento do próximo. Com eles aprendemos mistérios inimagináveis sobre a vida, passados com amor e serenidade; sabendo que o tempo é aliado importante na busca eterna pela sabedoria.
Os olhos daquele pequeno rebento cruzaram em instantes toda a área da varanda, à procura da velha cadeira de balanço, que mais parecia um relógio antigo quando colocada em atividade, rangendo sistematicamente a cada impulso... ele sabia que onde estaria a velha cadeira, ali estaria sua amada avó. A rápida porém significativa busca terminara logo que uma mecha de cabelos brancos puderam ser vistos esvoaçando impulsionados por tão gelada brisa matutina, que rapidamente dissipava a fumaça saindo da caneca de café cuidadosamente postada ao lado da rangida cadeira.
Mais alguns passos afoitos romperam o sinuoso som da cadeira de balanço e logo pararam, dando lugar a um sorriso que faria brilhar o mais imponente sol mesmo no mais rigoroso inverno. Sorriso esse que é prontamente correspondido e acompanhado de uma cálida mão sobre sua cabeça. Aquele simples gesto refletia todo o carinho, autoridade e amor daquela anciã para com seu amado neto. Ela se surpreendeu por já tão cedo encontrar seu vibrante descendente correndo daquela maneira pela casa; por alguns segundos seus olhos se desviam para a neblina que ainda pairava sobre o jardim de sua casa, se dissipando a cada pinheiro que encontrava pelo caminho.
Alguns segundos são suficientes para que aquele menino, tão cheio de energia e curiosidade dirigisse a razão de tanta pressa para a velha senhora:
- vovó, lembra aquela história que a senhora leu pra mim sobre a princesa, o sapo e o príncipe?
-claro, o que tem ela?
-eu estive pensando vovó, o que aconteceria se a princesa beijasse o sapo e ele não fosse um príncipe?
-bom meu querido, nesse caso eu diria que uma princesa que escolhe o sapo, não é realmente uma princesa.
domingo, 5 de julho de 2009
Under It All
I’m just the paint
You paint the picture
What are you seeing?
What are you feeling?
And all my colors
For your creating
Is your rainbow
Black and blue
Or your heavens,
Cherry Blossoms?
But what do you cover
With your ocean of colors?
Secrets? Regrets?
Who are you
Through and through?
See who you are
Deep in the core
Under the paint
Under It All
Paint me your face
And please be revealing
What are you dreaming?
What are you praying for?
You paint the picture
What are you seeing?
What are you feeling?
And all my colors
For your creating
Is your rainbow
Black and blue
Or your heavens,
Cherry Blossoms?
But what do you cover
With your ocean of colors?
Secrets? Regrets?
Who are you
Through and through?
See who you are
Deep in the core
Under the paint
Under It All
Paint me your face
And please be revealing
What are you dreaming?
What are you praying for?
(...)
O lema dos maiores heróis da humanidade foi o de colocar o interesse e o bem estar dos outros em primeiro plano, mesmo quando colocado de frente aos seus próprios. Esse lema é sem dúvida uma faca de dois gumes.
Ao agir pensando estar fazendo bem à uma pessoa, tomando por base suas convicções pessoais e seu juízo de valor da situação, uma decisão errada pode trazer ao outro muito mais dor, que alegria. A falsa impressão que a ignorância traz conforto leva muitas pessoas a agirem de forma a encher de combustível o terrível motor da ilusão.
A saída mais viável para uma situação onde aparentemente o bem está sendo feito, tomando por premissa a vontade de evitar que o mal tome o terceiro através de sentimentos negativos, é seguir princípios universais e não pessoais ao agir.
Privar alguém da verdade pode impedir que qualquer coisa de negativo lhe sobrevenha no primeiro momento, mas a verdade continuará lá, e acabará sendo revelada mais cedo ou mais tarde; de uma forma ou de outra (nem sempre a mais desejável), tendo feito consequentemente com que o volume do combustível lá depositado tenha engrandecido sobremaneira, trazendo dessa forma uma combustão indesejada indefinidamente maior.
Esse é um dos motivos pelos quais evito tanto quanto posso o hábito de escrever opiniões pessoais ou empíricas como forma de se atingir o comportamente desejado; mas procuro me pautar por premissas fixas, valores milenares e que tem sido utilizados e repassados século a século por mentes e corpos lúcidos o bastante para o praticarem.
É claro que tudo isso tem valor apenas quando a boa intenção ainda permeia as verdadeiras motivações de qualquer atitude pretendida; e tudo aqui deve ser sumariamente desconsiderado caso a indiferença já tenha permeado a intenção primal. E de toda forma, devemos saber que a falha consciência humana está longe de ser capaz de definir qual a melhor atitude a se tomar, por isso a preferência por padrões imutáveis e valores dogmáticos. Os líderes mais cruéis da história da humanidade acreditavam estar fazendo a coisa certa, mas contavam meias-verdades mascarando sua real intenção que só veio à tona quando já era tarde demais para remediar as consequências.
Cabe dizer também que dessa forma, no ímpeto de construir um falso quadro de permissividade, uma máscara é consequentemente formada ao redor de toda a situação, trazendo uma falsa impressão de naturalidade e boas intenções, quando na verdade... a verdade... a verdadeira verdade... se encontra por baixo dela.
-esse texto é ao mesmo tempo um pedido de desculpas e uma declaração de decepção.
''Ao agir pensando estar fazendo bem à uma pessoa, tomando por base suas convicções pessoais e seu juízo de valor da situação, uma decisão errada pode trazer ao outro muito mais dor, que alegria. A falsa impressão que a ignorância traz conforto leva muitas pessoas a agirem de forma a encher de combustível o terrível motor da ilusão.
A saída mais viável para uma situação onde aparentemente o bem está sendo feito, tomando por premissa a vontade de evitar que o mal tome o terceiro através de sentimentos negativos, é seguir princípios universais e não pessoais ao agir.
Privar alguém da verdade pode impedir que qualquer coisa de negativo lhe sobrevenha no primeiro momento, mas a verdade continuará lá, e acabará sendo revelada mais cedo ou mais tarde; de uma forma ou de outra (nem sempre a mais desejável), tendo feito consequentemente com que o volume do combustível lá depositado tenha engrandecido sobremaneira, trazendo dessa forma uma combustão indesejada indefinidamente maior.
Esse é um dos motivos pelos quais evito tanto quanto posso o hábito de escrever opiniões pessoais ou empíricas como forma de se atingir o comportamente desejado; mas procuro me pautar por premissas fixas, valores milenares e que tem sido utilizados e repassados século a século por mentes e corpos lúcidos o bastante para o praticarem.
É claro que tudo isso tem valor apenas quando a boa intenção ainda permeia as verdadeiras motivações de qualquer atitude pretendida; e tudo aqui deve ser sumariamente desconsiderado caso a indiferença já tenha permeado a intenção primal. E de toda forma, devemos saber que a falha consciência humana está longe de ser capaz de definir qual a melhor atitude a se tomar, por isso a preferência por padrões imutáveis e valores dogmáticos. Os líderes mais cruéis da história da humanidade acreditavam estar fazendo a coisa certa, mas contavam meias-verdades mascarando sua real intenção que só veio à tona quando já era tarde demais para remediar as consequências.
Cabe dizer também que dessa forma, no ímpeto de construir um falso quadro de permissividade, uma máscara é consequentemente formada ao redor de toda a situação, trazendo uma falsa impressão de naturalidade e boas intenções, quando na verdade... a verdade... a verdadeira verdade... se encontra por baixo dela.
-esse texto é ao mesmo tempo um pedido de desculpas e uma declaração de decepção.
'It's you who has said
There's no tomorrow
I don't know but who I am
I wouldn't sit back any longer
It's surely built in sadness
But the sadness surely will go by
So we will all know the answer
The answer's within
It's in your mind'
There's no tomorrow
I don't know but who I am
I wouldn't sit back any longer
It's surely built in sadness
But the sadness surely will go by
So we will all know the answer
The answer's within
It's in your mind'
'
sexta-feira, 3 de julho de 2009
quinta-feira, 2 de julho de 2009
Eagleheart

Algumas pessoas acreditam no impossível, outras se prendem ao empírico, ao que pode ser provado por algum experimento baseado em conceitos. Algumas pessoas pensam ser possível atingir seus maiores sonhos, outras preferem suprimi-los por medo da desilusão ou pela covardia de buscá-los. Algumas pessoas preferem passar suas vidas de forma corriqueira, cuidando apenas de si e dos que a rodeiam, ou nem mesmo isso. Outras pessoas se dedicam de corpo e alma para abraçar o mundo. Algumas pessoas tem coração de serpente, outras tem um coração de águia.
De todas as aves, a que mais admiro é a águia. Ela é usada como símbolo dos que confiam em Deus. Representa coragem e resistência.
A águia é filha do sol. Desde pequena, aprendeu a sorvê-lo pelos olhos. Para ensinar essa lição, a mãe-águia segura o filhote em direção ao sol. Acostuma seus olhos ao resplendor solar. É por isso que as águias, desde pequenas, têm os olhos da cor do astro rei. E nós, humanos, o que fazemos com nossos filhos? Também, desde a mais tenra idade, ensinamo-los a sorverem a intensa luz do amor e da ternura, do apreço e da gratidão, da justiça e da solidariedade, da fé e da determinação, da humildade e da flexibilidade, da confiança, da alegria e da paz de espírito, da contribuição?
E assim como as águias temos pessoas, que embora não aladas, alçam vôo rompendo os céus e alcançando a providência divina de forma a servirem de canal direto para as realizações primordiais do reino dos céus entre nós. A quem foi dado o grande desígnio de Deus, que é fazer Seu nome conhecido pelos confins da Terra, senão a nós, servos mortais. Dessa forma encontramos no homem algo mais que matéria, sentimentos e sentidos. A subdivisão metafísica do ser entre corpo, alma e espírito tem tido a sua terça parte suprimida ou severamente mal utilizada nos tempos de hoje, sendo sufocada pela segunda, a alma. O termo hebraico para alma é né.fesh. Num sentido literal, exprime a idéia de um "ser que respira" e cuja vida é sustentada pelo sangue. Ou seja, é a camada que nos torna humanos, vivos e atuantes, mas não é a parte de nós que permite que nos assemelhemos com as águias. Mas o espírito o é.
Através da renovação do Espírito, do latim "spiritus", significando "respiração" ou "sopro", é que somos capaz de receber o que nos cabe de herança celestial, facultando à ave atingir os céus, e os homens a realizarem o que se espera de nós por meio da Grande Comissão. Digo, muito além do que simplesmente pregar às pessoas, mas amá-las de tal forma que os males que envolvem o mundo como a serpente, que se escoem gradativamente até que a redenção seja plena. Um objetivo talvez muito ousado. Mas eu diria que ousado é um ser que não se abriga durante a tempestade, que nós busca refúgio diante de predadores, mas os combate, que não se intimida diante das alturas e busca o sol que reflete em seus olhos a determinação e a coragem de quem sabe o motivo pelo qual vive.
A decisão por tudo isso é uma escolha individual e inalienável. Cabe a cada um avaliar seu coração, sua motivação e alçar vôo. Os frutos colhidos dizem por si só. Os milagres atingidos produzem renovação e vida.
Meu objetivo ao escrever isso não é gerar um ímpeto de coragem e atitude que vai se perder no dia-a-dia, na apatia, que vai se perdendo a cada pequena derrota, a cada massante batalha. O que proponho com meus textos em geral é uma transformação genuína, que gere no interior de cada um, o questionamento que transforma convicções, objetivos, dogmas e aprendizados. Só experimentarão os tão falados frutos do espírito aqueles que através da consciência transformadora, se permitirem ser moldados pelo Criador, adquirindo gradativamente as qualidades de uma águia destemida. Não esperem pois um processo rápido ou indolor; pelo contrário. Mas a vida e a química nos mostram ser as transformações mais dolorosas, irreversíveis, com resultados mais consistentes e firmes. Não há como escapar do clichê do 8 ou 80 nesse caso. Ou se submete ao processo completo, ou é melhor que assuma sua real intenção e desnude seu interior diante de tudo e todos.
E nunca é demais dizer, sobretudo neste caso... palavras não são nada, atitudes sim.
The battle's over but the war still rages on!
Follow the flame that guide us home.
"Para que o mal triunfe basta que os bons fiquem de braços cruzados."
Edmund Burke
"All through the night he is lying awake
Wond'ring how much more can he take
Watching the walls where the shadows dance
Drifting away into a trance
And his eyes are blazing with fire
Dreams burnt to ashes so many times
Highest of mountains, still he climbs
Ready to fly, cause he just can't stay
Flame burning brighter with every day
And his eyes are blazing with fire
Longing for the deepest desire
Fever is burning in his veins
Determined with courage, breaking the chains
Back against the wall under blood red skies
Prepared to fight until he dies
And his eyes are blazing with fire
Longing for the deepest desire
Heart of an eagle
He flies through the rainbow
Into a new world and finds the sun
Spreading his wings
Above all the sorrows
The glory of Eagleheart"
Wond'ring how much more can he take
Watching the walls where the shadows dance
Drifting away into a trance
And his eyes are blazing with fire
Dreams burnt to ashes so many times
Highest of mountains, still he climbs
Ready to fly, cause he just can't stay
Flame burning brighter with every day
And his eyes are blazing with fire
Longing for the deepest desire
Fever is burning in his veins
Determined with courage, breaking the chains
Back against the wall under blood red skies
Prepared to fight until he dies
And his eyes are blazing with fire
Longing for the deepest desire
Heart of an eagle
He flies through the rainbow
Into a new world and finds the sun
Spreading his wings
Above all the sorrows
The glory of Eagleheart"
Assinar:
Postagens (Atom)