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sábado, 8 de agosto de 2009

The Hollow Mankind


Depois de narrar o magnífico processo de "BE", nada mais pertinente que tecer algumas considerações sobre o homem moderno.

Homem moderno que somatiza mais e mais as consequências naturais da evolução do pensamento construído; que por vezes se vê encurralado por uma série de dogmas, questionamentos e quebras de paradigmas, levado a acreditar que em pouco se pode efetivamente acreditar. O que coloca para longe de si muito mais do que apenas mitos, devaneios e teorias infundadas. Junto a isso o homem moderno colocou para si bases importantíssimas da construção de si mesmo, deixando para si próprio a construção de sua história e de seu destino.

Dessa maneira, o homem moderno precisa construir a si mesmo, buscando unicamente na razão lógica e na ciência as formas para tal. Desnecessário dizer que um vazio imenso passa a residir no seu lado espiritual e sensitivo; o que acaba por ocasionar uma constrição em sua esfera idealista, sendo facilmente abraçado pelos voláteis braços do sentimentalismo.
O que sobra ao homem então? A necessidade de amar e ser amado. Inicia-se então uma busca de realização com foco no amor, uma necessidade de construção para o vazio que fora deixado junto às bases principiológicas que nortearam todo o seu passado, processo que permite certamente o homem a se submeter a diversas desventuras psíquico-emocionais no campo do amor; uma vez que ele não busca no amor um fim altruísta como a realização do terceiro, mas uma resposta para o que algum dia esteve dentro de si.

A consequência natural das desventuras é o refúgio da ficção para encontrar o amor jamais realizado no campo material; tornando o empirismo idealista uma aventura desmedida e fatalmente perigosa. O homem começa a buscar o amor nos livros, nos filmes, na televisão, na música, na poesia, na arte, na religião. É nesse momento que a frustração coroa a epopéia da modernidade. O homem imerso em vontades e necessidades, vagando insólitamente num labirinto lacrado de emoções, desejos, sentimentos e fragilidades constitui o cenário ideal para o fracasso e a porvindoura oportunidade de manipulação por quem nesse sistema não se inseriu.
O homem moderno precisa de um repertório com o qual sonhar, ele precisa de devaneios para inventar sua vida. Soma-se a isso a constante pressão e expectativa de liberdade e autonomia preconizados pela mesma contraditória sociedade moderna, que cria a necessidade de realização emocional no homem, mas não entrega a ele, ferramentas para que efetive a realização do sujeito. É chegado o tempo em que o sentimento do indivíduo é colocado acima das regras e necessidades coletivas.

As tecnologias mais impressionantes concebidas pelo homem passam a trabalhar em função da busca da aceitação do outro para a consumação de um amor imposto. As tecnologias de produção passam a funcionar como manutenção do corpo no sentido de torná-lo um objeto de desejo alheio, facilitando a consecução do fim de ser desejado e querido, alimentando a fantasia de que através do desejo visual, se concretize um amor verdadeiro, e consequentemente alimentando o ego, a vaidade e a luxúria de seu utilizador, num verdadeiro tiro pela culatra. Por outro lado, as tecnologias da comunicação trabalham de forma a transformar o homem moderno numa mercadoria circulando e sendo divulgada através de redes sociais, um mundo da vitrine, da propaganda, das estratégias de marketing onde uns homens modernos "conhecem" os outros e possam desenvolver o supracitado processo de fixação visual e do encantamento fantasioso. É a transição do processo do momento da produção, para o momento da circulação. Em sua busca insana por amor, o homem moderno faz de si mesmo uma mercadoria, e sequer questiona isso.

É nesse momento que o homem se torna um instrumento, uma ferramenta, uma mercadoria escravizadora da intenção do homem, que passa a aspirar mais que a própria vida, o encontro fantástico desse amor construído em sua mente por devaneios espetaculosos.

Bem vindos, homens modernos, ao seu próprio fracasso.

"O amor nada mais é que um desejo irresistível, de sermos irresistivelmente desejados"
Robert Frost

...


Até hoje em toda a minha busca, em todas as minhas leituras e vivências, só testemunhei um único amor inteiramente verdadeiro e não interesseiro.




seek for the only true love

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

BE

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1. Animae Partus (“I Am”)



"E o primeiro pensamento foi “Eu Sou”. O primeiro passo de nossa jornada é testemunhar o nascimento de um Deus. No meio do silêncio e escuridão, uma mente surge; uma consciência desperta, lentamente. A criação é formada na confusão, e essa nova existência tenta entender a si mesma."


I – ANIMAE PARTUS – Tudo na imagem de

2. Deus Nova (Fabricatio)



"O mundo assim como o conhecemos foi formado como um laboratório, uma paisagem, um cenário no qual o sistema da Vida pode ser exibido e revirado, para que a mente possa observar – o primeiro pensamento, Animae. Eras? Sete dias? Não é relevante em um mundo sem tempo."


3. Imago (Homines Partus)



"O Deus despedaçado. Animae decide dividir sua mente em fragmentos, pequenas partes do primeiro pensamento que poderão interagir estando separadas então em mentes e pensamentos. Deste novo estado da existência, Animae espera descobrir sua origem. É a vida como conhecemos, mas em pequenos ciclos de interação entre a Unidade com toda a mente."


4. Pluvius Aestivus



"Da Chuva de Verão (Homines Fabula Initium)
E o lar do qual todos nós compartilhamos é fértil e possui tudo o que precisamos – em toda célula e toda a fibra a resposta para o Sistema da Vida pode ser encontrada. Um processo se iniciou e Imago, a imagem de Deus, a humanidade, acha seu lugar e começa a se perguntar sobre as mesmas questões da existência. De onde tudo isso veio? A verdade está lá, escondida atrás do contexto humano em cada conto da criação em nossas religiões. Nós procuramos as respostas sem entender que nós somos as respostas. "

II – MACHINASSIAH – De Deuses e Escravos

5. Lilium Crentus (Deus Nova)



"Na Perda da Inocência.
Imago, a humanidade, cria mitologias, os deuses, as histórias – tudo para entendermos nós mesmos. Como Animae, tendemos a criar nossas imagens para procurar as origens. Todo o novo conhecimento está lá para nos ensinar como existimos. As imagens estão lá para nos ajudar e sustentar, mas, como Animae, temos a tendência de perder o controle."

6. Nauticus (Drifting)



"Se nós estamos perdidos, tudo está em risco de ser perdido. Voltamo-nos para os Deuses, buscamos as respostas – mas tendemos a destruir aquilo que procuramos, ou sermos destruídos por isso. Como Icaros, nós tocamos naquilo que não podemos possuir."

7. Dea Pecuniae




"Part I – Mr. Money
Part II – Permanere
Part III – I Raise My Glass
Bem-vindo ao hoje, como apresentado a você pelo famoso “Sr. Money”!
Um verdadeiro idiota!
E então os escravos que nós criamos se tornam nossos Deuses, nossos servos se tornam nossos mestres. Criamos máquinas para facilitar a vida, mas elas a ameaçam, e criamos a economia para colocar um valor comum nos serviços e coisas, mas nos encontramos nas mãos do “Mercado” – culpando o criador nós concebemos o dinheiro de forma a ter um sistema de equivalência para uma sociedade embasada no comércio. "


III – MACHINAGEDDON – Nemo Idoneus Aderat Qui Responderet

8. Vocari Dei


"Sordes Aetas – Mess Age
E finalmente, Deus se torna o escravo do Homem, e naquele depositamos nossas preocupações, naquele colocamos a culpa por nossos erros. Toda a destruição nós permitimos em nome de poderes supremos como os Deuses e a democracia – equanto nos perdemos ainda mais. E Animae aprende a temer a si mesmo e seus fragmentos e peças que vagam pela Terra."


9. Diffidentia


"Exitus – Drifting II
Então todos nos transformamos em Deuses, deixando nossas partes da grande imagem para nos tornarmos “indivíduos” – achando que sempre fomos algo mais. E assim toda ponte permanece inacabada, toda construção não concluída, tanto que podemos orgulhosamente dizer, no fim de nossos dias, que permanecemos fiéis a nós mesmos, permanecemos como tijolos. Animae enfraquece já que o círculo se quebra e os fragmentos da mente não podem retornar."

10. Nihil Morari (Homines Fabula Finis)



"A falha de Animae, a falha de Imago, o fim do ciclo tem início. A Terra, antes fértil e intacta, é deteriorada em meio à discussão pela sobrevivência. Nós planejamos tornar Marte fértil, mas esterilizamos a Terra para ganhar mais dinheiro enquanto fazendeiros precisam de novas colheitas todo ano. Nós estamos cegos por aquilo que buscamos, como Animae, e nossas criações se voltam contra nós. Nada por raiva. Por curiosidade."


IV – MACHINAUTICUS – Daqueles que não têm Esperança

11. Latericius Valete



"Como um último esforço para encontrar as respostas da Vida e do Universo, Deus e nossa origem, nós criamos a mais avançada sonda já construída – “Nauticus”. Contendo a maior quantidade possível de todo o conhecimento da humanidade, ela é a imagem de nós mesmos, construída para aprender na medida em que explora o espaço – e espera-se que nos mande informações de volta, trazendo as pistas que precisamos para salvar nosso próprio planeta."


12. Omni



"Permanere?
Todo o ciclo constituído para resistir deverá se romper. Sem o ciclo de Animae, e agora, o ciclo de Nauticus, nós também quebramos o ciclo da Vida e nosso mundo é incapaz de se sustentar por muito tempo. A humanidade desaparece, deixando o laboratório de observação que criou, dentro do laboratório anteriormente criado por Animae. Nada permanecerá para sempre inalterado."


13. Iter Impius



"Martigena, son of Mars (Obitus Diutinus)
E o primeiro pensamento foi “Eu Sou” – nosso querido Sr. Money ficou obsessivo com seus bens e gastou todo seu dinheiro em formas de ser preservado até que pudesse ser feito imortal. Agora ele acorda diante de um mundo em ruínas, ocupado pelas poucas máquinas deixadas pela humanidade. Ninguém mais decidiu permanecer nesse cenário decadente. Agora ele conseguiu tudo o que sempre quis; é o rei do mundo. Governante das ruínas. Para sempre."

14. Martius / Nauticus II


"Surgir é como adormecer – você nunca sabe exatamente quando isso acontece. A transição. A Mágica. E você pensa que se pudesse apenas retornar para aquele exato momento onde cruza a linha, você entenderia tudo. Poderia ver tudo. À medida que o mundo jaz estéril e morto, Nauticus viaja mais e mais. Eras passam – e uma mente é lentamente reanimada."

V – DEUS NOVA MOBILE - ...e um Deus Nasce

15. Animae Partus II




E o primeiro pensamento é

“Eu sou!”



"I cannot remember not being."











by Daniel Gildenlöw