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quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Griffith's Dream












O ressoar de uma despretensiosa brisa de verão agita pinheiros, que por sua vez encobrem o infinito representado no eterno brilho das estrelas... e sob elas estão adormecidos pensamentos efemeros, como a curiosidade de uma jovem donzela entorpecida por suas novas descobertas.
Horas atrás havia sido indagado sobre a razão pela qual os homens preferem lutar...





-Provavelmente homens tem mentes selvagens.
Mas eles existem para proteger uma pessoa respeitável...
E para uma vitória certa.


-Pessoa respeitável?
Como sua família e seus entes queridos?


-Algumas pessoas pensam assim.
Mas então, se ele é mesmo um homem...
... ele vai achar algo mais importante.
Não por uma pessoa... mas por seu próprio sonho.


-Sonho?


-Alguém irá empunhar uma espada pelo seu sonho...
enquanto outro sonha em explorar o mundo...
e outro tem o sonho de dominar este mundo.
Alguém que é encorajado pelo sonho, sonha...
é torturado pelo sonho...
vive pelo sonho...
e morre pelo sonho.
E mesmo que fosse morto pelo sonho,
ele se sentiria feliz e honrado.


Um verdadeiro homem devia ter
um sonho como este em sua vida.
Uma vida que preencha seu sonho.


Eu não posso viver só porque nasci.
Eu quero viver porque tenho um sonho.



...










É incrível como um dia aparentemente comum pode nos trazer surpresas muito agradáveis, e com alguma sorte, ensinamentos mais valiosos e significativos que toda a vida de muitos homens.










Could this be the end?
Is this the way I die?
Sitting here alone?
No one by my side

I don't understand
I don't feel that I deserve this
What did I do wrong?
I just don't understand

Give me one more chance
Let me please explain
It's all been circumstance
I'll tell you once again

You took me for a ride
Promising a vast adventure
Next thing that I know
I'm frightened for my life

Now wait a minute, man
That's not how it is
You must be confused
That isn't who I am

Please don't be afraid
I would never try to hurt you
This is how we live
Strange although it seems
Please try to forgive

The chapel and the saint
The soldiers in the wine
The fables and the tales
All handed down through time

Of course you're free to go
Go and tell the world my story
Tell them about my brother
Tell them about me
The Count of Tuscany


segunda-feira, 16 de novembro de 2009

The Wisdom of Life






Revirando alguns antigos livros virtuais em meus arquivos, abro por acaso um bloco de notas onde eu costumo selecionar os melhores trechos de cada livro que leio...
É incrível como a cada dia mais vejo a necessidade da aplicação de velhos ensinamentos de antigos homens que aprenderam com suas vidas em tempos remotos, e o quanto o homem prova ser o mesmo ontem, hoje, e provavelmente amanhã. Os mesmos problemas, mesmos erros, mesmas imperfeições... Parece que de novo mesmo só temos a tecnologia; o resto se repete em ciclos, um termina onde o outro começa:¹

"Nos tornaremos indiferentes às opiniões dos outros quando, por nossa
própria experiência, aprendermos com que desrespeito se fala em certas ocasiões de cada um de nós, assim que não houver motivo para receio, ou quando se crê que não o saberemos; mas, sobretudo, quando ouvirmos com que desdém meia dúzia de imbecis fala do homem mais distinto. Então compreenderemos que atribuir grande valor à opinião dos homens é honrá-los demasiado."

"Todo aquele que viola a fé e a lei será, para sempre, um homem sem fé e sem lei, haja o que houver, seja o que for, os frutos amargos que essa perda traz consigo não tardarão em produzir-se."

"Quantas vezes as melhores qualidades encontram menos admiradores. Quantos homens tomam por bom o mau! Esse é um mal que se observa todos os dias, porém, como evitar essa peste? Duvido que possa ser erradicada desse mundo. Não há mais que um só meio na terra, porém é infinitamente difícil. Que os tolos se façam sábios. Porém, como? Isso nunca serão. Desconhecem o valor das coisas. Julgam pela vista, não pela razão. Elogiam constantemente o que é pequeno, porque nunca conheceram o que é bom."

"Das glücklichste Wort, es wird verhöhnt,
Wenn der Hörer ein Schiefohr ist.
[o ouvido de um tolo zomba da palavra mais sábia.] -
Goethe"

"Há alguma sabedoria naquele que, com um olhar
sombrio, considera este mundo como uma espécie de inferno, e não se ocupa senão de proporcionar-se um abrigo onde esteja a salvo das chamas. O tolo corre atrás dos prazeres da vida e colhe desilusões; o sábio evita os seus males.Quando, apesar desses esforços, não se consegue evitá-los, a culpa é do destino, não da própria tolice; porém, na medida em que o consiga, não será desiludido, porque os males que houver evitado são muito reais. Ainda que seu esforço em evitá-los tenha sido excessivo, sacrificando prazeres desnecessariamente, não perdeu nada realmente; pois todos os prazeres são ilusórios, e lamentar por sua perda seria mesquinho, e mesmo ridículo. A incapacidade – encorajada pelo otimismo – de apreender essa verdade é a fonte de muitas desgraças"

"Na vida somos geralmente como o viajante para o qual os objetos, na medida em que avança, tomam formas distintas das que exibiam à distância; esses se transformam, por assim dizer, à medida que se aproxima deles. Isso ocorre principalmente em relação aos nossos desejos. Muitas vezes encontramos algo diverso, às vezes melhor do que buscávamos. Às vezes também encontramos aquilo que buscávamos em um caminho completamente distinto do primeiro que, em vão, percorremos. Outras vezes, ali onde buscávamos encontrar um prazer, uma felicidade, uma alegria, encontramos um ensinamento, uma explicação, um conhecimento, isto é, um bem duradouro e real em vez de um bem passageiro e ilusório."

"felicitas sibi sufficientium est [a felicidade é dos que bastam a si mesmos] -
Aristóteles"

"Não há caminho que nos distancie mais da felicidade que a grande vida, a vida de festas e banquetes, a high life; porque seu objetivo é transformar nossa miserável existência em uma sucessão de alegrias, de delícias e de prazeres, um processo que inevitavelmente culmina na decepção e na desilusão; assim como seu acompanhamento obrigatório, o hábito das pessoas de mentir umas para as outras."

"Conversas e idéias intelectuais só servem à sociedade intelectual; na sociedade vulgar são
detestadas por completo, porque para se agradar nessa é imprescindível ser completamente insípido e limitado. Portanto, em tal sociedade, devemos praticar uma severa abnegação, abrindo mão de três quartos de nossa própria personalidade para nos assemelharmos aos demais."

"Quem está obrigado a viver entre os homens não deve condenar qualquer indivíduo absolutamente, nem mesmo o pior, o mais desprezível ou o mais ridículo, visto que isso é algo já determinado e dado pela natureza. Pelo contrário, tal indivíduo deve ser aceito como algo inalterável que, em virtude de um princípio metafísico inalterável, deve ser tal como é. Nos casos difíceis, devemos nos lembrar das palavras de Goethe: é necessário que haja também dessa espécie. Se adotarmos outra postura, cometemos uma injustiça e desafiamos o outro a um combate de morte. Porque ninguém pode modificar sua verdadeira individualidade, isto é, seu caráter moral, suas faculdades intelectuais, seu temperamento, sua fisionomia
etc"

"Ninguém pode ver acima de si mesmo; quero dizer com isso que todos vêem nos demais apenas
aquilo se é em si mesmo; porque cada qual não pode apreender e compreender o outro senão na medida de sua própria inteligência. Se essa é da espécie mais ínfima, nenhum dote intelectual, nem mesmo o mais elevado, lhe impressionará de modo algum; e não observará naquele que o possui nada além dos elementos mais vis em sua natureza individual, isto é, apenas suas fraquezas e todos os seus defeitos de temperamento e de caráter. E disso estará composto o grande homem aos olhos do homem vulgar; suas faculdades intelectuais mais eminentes não existem para o outro, como não existem as cores para o cego.
Isso porque o maior talento é invisível para aquele que não possui nenhum; e qualquer valor concedido a uma obra é o produto do valor da obra em si e do alcance do conhecimento daquele que profere sua opinião. Daí resulta que somos reduzidos ao nível de todos aqueles com quem falamos , visto que todas as vantagens que possuímos desaparecem, e mesmo a abnegação de si mesmo necessária para tal permanece completamente ignorada. Se refletirmos sobre quão profundamente vulgares e inferiores, sobre quão completamente medíocres são as pessoas em sua maioria, veremos que é impossível falar com elas sem nos tornamos igualmente medíocres durante esse intervalo"

"Quando uma pessoa se gaba de qualquer coisa, seja coragem, instrução, inteligência, gênio,
sucesso com as mulheres, posições sociais, se poderá deduzir que é precisamente nesse particular que lhe falta algo. Porque aquele que possui real e completamente uma qualidade não pensa em ostentá-la nem em fingi-la, visto que está perfeitamente tranquilo quanto a isso. Esse é também o sentido do provérbio espanhol: herradura que chacolotea, clavo que le falta [ferradura que chacoalha, prego que lhe falta]."

"Em vez disso, cada qual possui no outro um espelho no qual pode ver com clareza seus próprios
vícios, seus defeitos, seus modos grosseiros e repugnantes de toda espécie. Porém, normalmente, é como o cão que late para sua própria imagem porque não sabe que está vendo a si próprio, mas imagina ver outro cão. Quem encontra defeitos nos demais trabalha em sua própria reforma. Assim, aqueles que têm a tendência e cultivam em segredo o hábito de submeter a uma crítica atenta e severa a conduta dos homens em geral, tudo o que fazem ou não fazem, estão trabalhando em sua própria correção e aperfeiçoamento. Porque terão bastante justiça ou ao menos bastante orgulho e vaidade para evitar fazer o que tantas vezes têm censurado tão severamente. O contrário vale para os que são tolerantes; a saber, hanc veniam petimusque damusque vicissim [é um privilégio que reclamo e que concedo reciprocamente (Horácio, Ars poetica, II)]. O Evangelho moraliza admiravelmente sobre os que veem a palha no olho do vizinho e não veem a viga no seu; porém a natureza do olho consiste em ver o exterior e não a si próprio. Por isso, notar e censurar os defeitos dos demais é um meio adequado para nos tornamos conscientes dos nossos próprios. Precisamos de um espelho para nos corrigirmos."

"Uma natureza vulgar se rebela à vista de uma natureza oposta, e a causa
secreta dessa rebeldia é a inveja. Porque, como se pode ver em qualquer ocasião, satisfazer a vaidade é um prazer que, entre os homens, excede qualquer outro; entretanto, não é possível senão através de sua comparação com os demais. Porém, não há qualidades das quais o homem se orgulhe mais que as intelectuais; pois apenas nessas se fundamenta sua superioridade em relação aos animais.Demonstrar uma superioridade intelectual acentuada, sobretudo perante testemunhas, é uma grande ousadia. Isso provoca sua vingança e, em geral, buscarão uma oportunidade para fazê-lo por meio de insultos, porque assim passam do domínio da inteligência ao da vontade, no qual todos são iguais."²

"O homem prudente é aquele que não é enganado pela aparente estabilidade das coisas e,
além disso, prevê a direção em que ocorrerá a próxima mudança."




.a reflexão leva à evolução...
















¹ - or cit: "We move in circles, balanced all the while, on a gleaming razor's edge. A perfect sphere, colliding with our fate. The story ends where it began." - Octavarium
²- extr. or. "Aforismos Para a Sabedoria de Vida - The Wisdom of Life" - Arthur Schopenhauer