Followers

sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Força transcendental, a verdadeira força interior




Vejo muita gente se queixando de dificuldades, todo o tempo.
Alguns poucos, principalmente em redes sociais, onde suas vidas são frequentemente expostas, tentam manter uma aparência de constante alegria e contentação com a vida. É como se criar uma aparência de sucesso fosse transformar a realidade. Em muitos casos, o pensamento positivo nada pode fazer para reformar a verdade. Verdade essa, é que, no campo prático, vejo muito mais pessoas se queixando de sua existência, do que sendo verdadeiramente grata por ela.

Primeiramente cabe esclarecer que não acredito de maneira alguma nessas repetitivas reinvindicações de um suposto "direito de ser feliz" que vejo ser objeto da luta de tantos. Ora, felicidade até onde eu sei, é um sentimento passageiro, é a definição emocional de um momento ou de um lapso temporal entre outros tantos estados que compõem nossa existência. Não é porque um estado é aparentemente mais aprazível e prazeroso que o outro que devemos focalizar nossos esforços, e muito menos reinvindicar o direito de desfrutar daquilo todo o tempo. Me pergunto se isso é sequer saudável; visto que grande parte das pessoas que conheço que vivem a buscar a tal "felicidade" (como algo concreto e eterno), são exatamente as que encontram maiores desgostos e desilusões durante sua caminhada.

Eu me contento apenas em seguir meus objetivos, me aprimorar como ser, e agradecer a Deus pelos momentos de felicidade que por ventura se desenharem em minha vida. Jamais perderia meus preciosos momentos lutando para conservar um sentimento ou uma aparente contentação psíquica com qualquer coisa que seja.

Agora voltando à questão do sofrimento e da dificuldade de sobrepujá-lo (veja bem: não creio que felicidade ou alegria sejam antônimos de dor ou sofrimento; pois como já disse, existem incontáveis outros estados da alma entre esses dois extremos).
A meu ver, a primeira condição básica para se afastar de sofrimento, é naturalmente não criá-lo. Dessa maneira, vejo como fundamental que se percam todas as ilusões em relação à vida e às pessoas. Quanto mais baixo for o foco, menor será a motivação para nele perseverar, e se por acaso, vier a atingí-lo, menor serão os resultados da mesma maneira.

Para tanto, cito agora um dos maiores poetas brasileiros do século passado, falecido recentemente; Bruno Tolentino, que dizia que a vida terrena é apenas um rascunho da vida eterna que será escrita futura e indefinidamente. De forma que aqueles que dão muita importância a benefícios que pretendem obter nesta vida, irão perder força, terão maior facilidade em serem enganados e ludibriados por favorecimentos diversos, tendo grandes chances de verem suas bases morais e seu real objetivo serem derrubados pelo sistema de coisas que sempre reinou por aqui.

Quando a doutrina cristã diz que os maiores inimigos do homem são o mundo, o diabo, e a carne, se refere à carne exatamente como a tendência que temos de achar que o que nos afeta sensorialmente é o mais importante, e deve ser o centro de nossas atenções e o foco de nossas forças. Quando uma pessoa que não sabe discernir sua vontade da realidade objetiva, ela se torna como um soldado cego em uma batalha, que vai atacar toda e qualquer coisa que seus sentidos (limitados) poderão captar, e não necessariamente o inimigo real. Ou seja: a pessoa que tem como objetivo de nada, nada além do acúmulo de riquezas, vai enxegar toda e qualquer forma de diminuição do seu patrimônio a menos que para benefício próprio, como algo essencialmente mal e que deve ser evitado (deixando de lado, a caridade por exemplo). Outra pessoa que tem como meta de vida um grande amor, vai se prender sempre em questões emocionais e enxergar relacionamentos afetivos como a coisa mais importante da vida, deixando de lado muitas vezes a busca pela verdade, o conhecimento transcendental, o desenvolvimento de todos os outros campos da vida, etc.

É nesse aspecto que a vida voltada para causas mais elevadas sempre produziu as mais dignas biografias da humanidade. Tirar os olhos somente de si é a primeira ferramenta para que o indivíduo seja capaz de superar seus próprios limites e despertar-se como agente de conhecimento e ação divina. É aí que as verdadeiras experiências e sensações que trazem a paz, a temperança e a sabedoria terão caminho pavimentado para atingir a essência do ser, e a força interior, que antes parecia esguia e claudicante, encontra forças onde sequer sabia que existiam.

Nunca é cedo para um reexame dos labirintos de si mesmo, buscando o que pode ter se perdido com o passar dos anos, ou mesmo nunca ter sido descoberto.

Um feliz ano novo (realmente novo) para todos!



domingo, 18 de dezembro de 2011

O Homem Light


-Uma Vida Sem Valores



Qual é o seu perfil psicológico? Como poderia ser definido? Trata-se de um homem relativamente bem informado, porém com escassa educação humana, entregue ao pragmatismo, por um lado, e a bastantes lugares comuns, por outro. Tudo lhe interessa, mas só a nível superficial; não é capaz de fazer a síntese daquilo que recolhe e por conseguinte, foi-se convertendo num sujeito trivial, vão, fútil, que aceita tudo mas carece de critérios sólidos na sua conduta. Nele tudo se torna etéreo, leve, volátil, banal, permissivo.

(…)

Não há no homem light entusiasmos desmedidos nem heroísmos. A cultura light é uma síntese insípida que transita pela classe média da sociedade, sem excitantes… tudo suava, ligeiro, sem riscos, com a segurança pela frente. Um homem assim não deixará marcas. Na sua vida já não há revoluções, dado que a sua moral se converteu numa ética de regras de urbanidade ou numa mera atitude estética. O ideal apático é a nova utopia, porque, como diz Lipovetsky, estamos na era do vazio. (Enrique Rojas, O homem light - Uma vida sem valores, pp. 7-10)"


Vida sem valores é a expressão que melhor traduz o tipo de homem que surgiu nos últimos anos na sociedade ocidental de bem estar, que melhor define o “homem light”. Enrique Rojas, médico humanista, retrata e denuncia neste seu livro (El Hombre Light) aquele homem que magistralmente assim apelida de “light”. Light é a palavra mágica que está na moda e com a qual se identificam certos produtos (tabaco, bebidas, alimentos). Apresenta-o como um indivíduo materialista e hedonista, como um ser que tudo relativiza na ânsia de alcançar, sem mais, a meta por si traçada de bem-estar e prazer material.

No “homem light”, diz Enrique Rojas, há prazer sem alegria – nele se vê um homem intrigado e atraído por muitas coisas, mas sem vincular-se a nada.
E, por isso é infeliz e inseguro, estando longe daquele homem sólido que busca a verdade. O “homem light” procura o absoluto do seu ponto de vista, convertendo-o em relativo – é vazio, não tem fundo. Ser rico, ganhar muito dinheiro é o mais importante, é a melhor conta de apresentação nos ambientes “light”. Este débil homem abraçou a permissividade, fazendo dela o seu código ético e que vai desde a tolerância ilimitada à revolução sem finalidade. E essa permissividade, como acentua Enrique Rojas, revela-se em vários campos, designadamente no campo sexual, em que se chama “amor” a cada relação superficial e passageira, em que se confunde amor e sexo, dizendo-se quando se vai fazer sexo, que vai fazer amor – sexualidade vazia, idolatria do sexo, amor de rebaixas, amor light. Como sair de tudo isto? Responde o autor que o deixar de ser pessoa light só pode ser alcançado dando um passo da imanência para a transcendência, deixando o individualismo e o materialismo.

Necessitamos de um modelo de identidade para o homem das décadas vindouras, que será profundo, sábio, forte moralmente (a moral cristã é o melhor vector para a realização da eterna vocação transcendente do homem) e que terá coerência na sua vida.
Em suma, Enrique Rojas mostra-nos neste seu livro as chaves psisológicas do “homem light” e as vias de saída para a superação do grande vazio existencial que produz a falta de valores e de ideias.


-

Resumo:
~resenha do livro de Enrique Rojas

O HOMEM MODERNO – A LUTA CONTRA O VAZIO
Enrique Rojas



O fim de uma civilização em que se assiste a derrocada dos sistemas totalitários aponta para a geração do homem light, que nada mais é do que a criação de um indivíduo superficial, leve, volátil, banal, permissivo. O viver bem a qualquer custo passa a ser a nova tônica do comportamento. De repente, o homem se vê frente-a-frente com o drama das drogas, a marginalização de jovens, greves dos trabalhadores, dentre outros fatos. Tudo isso contribui para que o homem se torne frio, não acreditando em quase nada, deixando para trás os valores transcendentes. É um homem sem vínculos, descomprometido e indiferente. Adepto da permissividade, o homem moderno vai trilhando seus caminhos, sem proibições, nem territórios vedados ou limitações, ele arrisca tudo, é vítima do consumismo.

Esse perfil do homem moderno, traçado por Enrique Rojas, mostra que o ser humano foi rebaixado a objeto, repleto de consumo e bem-estar, cujo fim é despertar admiração ou inveja. Com esses valores, o homem vai se tornar mais vulnerável e sem firmeza. O autor acredita que o homem moderno vai passar por um sofrimento para iniciar uma mudança radical que o impulsione a um caminho mais digno e humano. Com todos esses predicados, o homem moderno vai montando uma sociedade desorientada, perplexa, desenganada, cética, à deriva, mas orgulhoso e radiante por caminhar para trás. Este protótipo do homem livre nada mais é do que um ser piorado, degradado. Muitos homens de hoje não sabem para onde vão, estão perdidos e desorientados. Este estado de coisas aconteceu por causa de vários filósofos como Sócrates, Camus, Descartes, Pascal, Kant dentre outros, cujas vidas serviram de exemplo de fracasso total para seus seguidores. Nesta crítica, o autor esqueceu de dizer que os filósofos que ele citou foram grandes pensadores e trouxeram à humanidade muita evolução, como Sartre, Kierkegaard, Unamuno e outros.

(...)

Rojas faz uma diferença entre o homem moderno e o homem sólido. O primeiro é aquele que mostra uma curiosidade incessante, mas sem bússola e mal dirigida. Já o homem sólido busca a verdade, para que esta o faça avançar em direção ao crescimento pessoal. Mais adiante, o autor defende a idéia de que o homem deve combater o cinismo, mediante convicções firmes e não jogar-se ao consumismo. A partir dessas considerações, enfoca-se o niilismo, enfocando assuntos como a liberdade, relativismo e cinismo. O niilismo, assim como relativismo e o ceticismo, tem um tom devorador, desiludido, indiferente à verdade por comodismo e por não se aprofundar em questões substanciais. A felicidade é a realização mais completa do ser humano e indica que o ser humano que a possui se encontrou de fato e tem um projeto de vida coerente. Já o homem moderno tem uma ausência quase absoluta de cultura, pois só procura aquilo que tem relação com sua vida profissional, com assuntos triviais como a vida alheia, as viagens e os episódios nela ocorridos.

No que se refere ao amor humano, ele acredita que uma das formas mais representativas dele é o que se pratica entre homem e mulher. Essa forma de amor é um sentimento de aprovação e afirmação do outro, ou mais precisamente, o que o homem necessita na vida. Na relação sexual, sem amor autêntico o outro é um objeto de prazer, leva a um vazio gradual que desemboca no tédio. Os vícios do homem moderno são muitos, como a busca por psicoterapeutas, reflexo das pessoas que sofrem de crises de identidade, ou mesmo, os vícios de perder peso, buscando-se o emagrecimento como meta, dentre outros. Todas essas formas de “fugas” são vícios do consumo, o que traduz uma clara insatisfação de tudo. E assim, vão se somando as várias condutas do homem moderno, que adota uma vida ligh, que consiste numa vida que conduz a uma existência vazia. O ser humano passa a ser narcisista, concentrado em si próprio, em seu corpo. Este homem light viveria sem ideal e sem objetivos transcendentes.

O homem moderno não procura a religião, mas também não é ateu. Ele construiu uma forma particular de espiritualidade segundo sua própria perspectiva. É ele quem decide o que está bem e o que está mal e termina fabricando uma ética à sua medida. Com essas considerações fica claro que o homem moderno distanciou-se da religião por não acreditar na sua eficácia. Poderia se dizer que o homem light virou cético, duvida de tudo, trata os outros como objetos, tem no materialismo e no consumismo suas formas de vida.

Todo este estado de coisas conduzem ao cansaço da vida e o homem fica fraco, extenuado, lânguido, uniforme com alguma coisa nebulosa coberta por um tom cinza. Esta é a psicologia do fracasso, na qual o homem navega cada vez mais frágil, indiferente e permissivo e sem rumo. Diante das diversas situações que o homem atravessa, ter vontade própria é um dos objetivos primordiais e que auxiliam o homem a chegar mais longe. As soluções para o homem moderno passam pela recuperação do humanismo. Mas será que o humanismo resolveria o problema? Nessas considerações há uma busca aos valores do passado, às raízes do pensamento humano, como as escolas gregas, romanas e judaico-cristãs. É fácil dizer que o homem vai mudar adotando em seu interior a sabedoria clássica, mas é preciso observar que muitos conceitos de filosofias antigas já estão superados e não se adaptam mais atualmente. É preciso entender que o homem moderno quer mais, quer conquistar, quer extrapolar fronteiras e qualquer sugestão de melhoria deve enfocar uma reconstrução dos valores e isso exige muita disciplina, coisa bastante difícil atualmente, pois o ser humano ficou cínico, pragmático, pensa uma coisa e faz outra diferente.

Depois de mostrar um cenário sombrio para o homem moderno, há que se fazer uma terapia, que consiste em reformular a vida, colocá-la em ordem e aplicar uma vontade firme para realizar o propósito de aproveitar a vida com empenho inquebrantável.

Concluindo, a obra de Rojas fala da falta de valores que cercam o homem moderno, criticando veemente todos os aspectos que o levam ao vazio, apontando caminhos em que a felicidade, o amor e outros valores precisam fazer parte de sua vida. Neste sentido, a obra é mais uma tentativa de fazer o homem mais feliz interiormente, com espírito de luta, garras e firmeza nos objetivos. Contudo, é contraditório dizer que o homem deve fugir do culto à novidade, ou que a religião deve fazer parte de uma renovação do homem moderno. Ora, se o homem fugir à novidade, ele vai ficar embotado e vítima do tradicionalismo que pouco progresso trouxe à humanidade. E a religião serviu para condicionar o homem, não permitindo que ele abra seus horizontes. Desse modo, a reconstrução do homem moderno é trabalho profundo, exige não só a disciplina, mas tudo o que ele puder usar em prol do amor, felicidade, solidariedade, respeito aos direitos humanos, não-violência, nem busca pelas drogas.

sábado, 21 de maio de 2011

Natureza x Cultura


O amor que nunca vai ser expresso

por Mandy Appleyard

A pior festa do mundo estava na máxima força, e lá estava eu, entre 40 pessoas e desejando estar em qualquer outro sítio. A música era má, a comida ainda pior, e os convidados, que eram casados e tinham filhos, estavam envolvidos em conversas em torno da vida familiar.

Como eu não era casada e nem tinha filhos, eu pouco tinha a oferecer à conversa. "Com que então você é uma mulher de carreira." O que soava a uma acusação foi dito por uma mulher corpulenta que eu nunca havia conhecido antes. Eu respondi que sim, eu era uma jornalista.

"Não me leve a mal", continuou ela, "mas não consigo entender como é que uma mulher pode escolher o emprego no lugar da vida familiar. Deve ser uma vida solitária sem crianças. O que é que a leva a acordar todos os dias de manhã? Não quero soar rude, mas você torna-se mais egoísta se você é a única pessoa em quem você tem que pensar."

Resisti à tentação de molhar a mulher com Rioja e, em vez disso, saí da festa, magoada e admirada com o quão maldosas as pessoas podem ser. Não preciso que ninguém faça comentários cruéis em torno do facto de eu não ter filhos. Eu passei os últimos 10 anos a conjurar a minha própria agonia sobre esse assunto.

Sei, por exemplo, que o facto de não ser mãe faz com que haja uma parte de mim que permanece sem uso, um amor que nunca vai ser expresso. Sei que o amor que qualquer mãe descreve como o amor mais profundo que ela vai alguma vez conhecer, é, para mim, uma porta fechada.

Há muito amor que eu nunca vou ser capaz de oferecer, sabedoria e entendimento que nunca vou partilhar, abrigo e consolo que eu nunca vou providenciar.

Nunca imaginei a minha vida sem uma família. Tive 3 relacionamentos significativos nos meus anos 20 e 30 - cada um deles eu assumi que conduziriam a casamento e a filhos. O meu primeiro relacionamento, com um colega estudante, terminou depois de cinco anos. Tínhamos 25 anos e ele não estava pronto para assentar, e como tal cada um seguiu o seu caminho.

Quando tinha 27 anos comecei um relacionamento com um homem - naquele que foi o meu segundo grande relacionamento. Já estávamos juntos há 18 meses quando fiquei a saber que ele andava com outra. Por isso fiquei sem escolha senão acabar com tudo.

Quando tinha 30 anos envolvi-me com um homem que eu tinha a certeza ser O Tal. Parceiro certo, idade certa; o que é que poderia correr mal? Três anos depois ele disse que se tinha apaixonado por outra pessoa.

Os anos que se seguiram foram dos mais difíceis da minha vida, à medida que amigos próximos se casavam e começavam famílias. Eu estava cheia de inveja e tinha ódio a mim mesma por me sentir assim.

À medida que elas iniciavam um capítulo mais maduro e excitante da sua vida como pais, eu parecia debulhar num inferno de encontros, impaciente com a expectativa mas muito longe de encontrar o homem com quem eu assentaria e iniciaria uma família própria.

O meu arrependimento vai pairar sempre. A minha vida é mais pobre porque não tenho filhos, e eu sou menos mulher por não ser mãe.





postado originalmente em: Marxismo Cultural

terça-feira, 19 de abril de 2011

Giving Nietzsche Eyes



In my previous post, commentator Nietzsche made the following comment:

"I'll provide another scenario. A secluded island of peoples that have no contact with Christian missionaries or the bible. Are they born Christian? Do they believe in Jesus or Jehovah? No, again goes to prove that without teachers or missionaries, Christianity like other pagan religions will die out. The only people who perpetuate the "faith" is its followers."

Consider a community of blind men who are strict empiricists. From their perspective, lacking the sense of sight, they would be unable to verify the existence of colours, and any statements with regard to colour, shape or pattern would be,from their point of view, unempiric and hence unscientific. Statements concerning visual phenomenon would be unable to be verified and hence would be articles of faith; a body of knowledge belonging to the category of superstition.

Now suppose a sighted man, literally a visionary, told them about the phenomenon of colour, how could they discern if they were telling him the truth or not? They can't, because they lack the sensory capacity to confirm the subject in question.

The core idea behind empiricism is that perception is the window to reality, and that any understanding of reality must be perceptually confirmed.

People say that seeing is believing. But seeing is not believing; thinking is believing. Seeing is knowing; everything else is emotive hope, probabilistic guess or reasoned theory.

Commentators Brockmann and Neitzsche have put forward the argument that without sensory input of any kind, a man would fail to be Christian, and that religious belief is conditional upon personal circumstances. Their view is partially correct. Men inherit their faith from their ancestors and certainly, for the unreflective man, faith is a circumstantial habituated practice.

The reflective man however has a problem. He questions and challenges his faith, and if logically consistent, finds that there is nothing in the Universe which supports his view. Thieves prosper, the good are murdered, and the completely innocent suffer tremendously. Empirically, there is no way he can confirm that Gay Marriage and Adultery are objectively wrong. Statistically he may be able to find data that supports a respective religious vision, but he cannot find any data the confirms a creed. As commentators Brockmann and Neitzsche imply, ought cannot be derived from is and hence the implication that transcendent truths are unknowable, and therefore arbitrary fairy stories; cognitive products of the imagination for whatever reason.

They are, of course, logically correct.

And yet they are wrong.

Because their understanding of the human perceptual capacity is in error.

I wish to illustrate what I mean by starting off with a passage of biblical text. Not because I want them to believe in the veracity of the Bible, but because the text succinctly explains the difference between believers and non-believers and problem of Modernity.
As it is written: God hath given them the spirit of insensibility; eyes that they should not see; and ears that they should not hear, until this present day.

(Romans 11:8 Douay-Rheims)
Note the term insensibility, the inability to sense or perceive. This is not a play on words, as different translations of text refer to same phenomenon. The Christian fathers did not think of faith as a cognitive process but a sensory modality. In their view, unbelief was not the product of faulty thinking, it was the product of insensibility; a perceptual failure.

To them, faith was a sixth sense; an eye or ear-like faculty which allowed us to perceive non-physical realities. When the Christian fathers asserted that men should not commit adultery, they were not plucking something out of thin air or making a rational calculation based up their value preferences; they were being empirical.

Where the strict empiricists(and quite a few Christians) go wrong, is in assuming that the phenomenon of faith is a cognitive process, the end point of some form of emotive or faulty rationalisation, instead of a sensory phenomenon.

A great example of this "perception"sense in operation, as opposed to cognitive effect, was the motive force behind C.S. Lewis' own conversion to Christianity:
"You must picture me alone in that room at Magdalen, night after night, feeling, whenever my mind lifted even for a second from my work, the steady, unrelenting approach of Him whom I so earnestly desired not to meet. That which I greatly feared had at last come upon me. In the Trinity Term of 1929 I gave in, and admitted that God was God, and knelt and prayed: perhaps, that night, the most dejected and reluctant convert in all England" (Surprised By Joy, ch. 14, p. 266). (My italics)

Lewis was no gullible idiot. Here, what we see in this passage, is Lewis wanting to rationalise away a perception or experience that he was having. Like someone suffering a sore tooth, which forces itself to their attention, Lewis was being nagged by some form of unwilled sensory stimulus. His conversion was not the product willed rationalisation but of an unwanted experience: The intruding sense of "Him" was felt/percieved rather than willed. Lewis had no choice in the matter, in the same way he had no choice in choosing the colour of the sky.

When a man of faith says murder is wrong, it's akin to him saying an apple is red or the sky is blue. It's a statement of fact rather than opinion. Of course to the "blind" man who believes that all men are blind, there is no such objective thing as redness, saying that the apple is red or the sky is blue is purely arbitrary.

The Church fathers recognised that the "faith-sense" was the weakest of all senses, through which we saw "through a glass darkly", much like looking through a cataract affected eye; broad shapes can be detected but the detail eludes us. I imagine that a very undeveloped form of this faith sense is what explains humanity's default morality. All people have a crude understanding that murder and theft are wrong, and they understand that they are wrong at a deeper level than cognitive explanation, they percieve them to be wrong.

It's this lack of sensory acuity which probably explains the profusion of religions, men have felt the pull of transcendence or mistaken an experience as transcendent, and interpreted the sensation incorrectly, in the same way that a group of nearly blind man can discern human forms but disagree with regard to the identity of them.

The atheist mistake is in assuming that the divisions amongst the religious are due to differing rationalisations instead of differing interpretations. To use our nearly blind group of men analogy, the atheist or rationalist blind man thinks that the man affected with the severe cataracts is making things up, whilst the man with the cataract is trying to understand what is going on. If you were to take a group of men with cataracts and present them with a the image of a person at a distance, one will say its Fred, some will say its Bill and the others will say its Judy, they will all know that they have percieved something even if they are not sure what it is, but the blind men, being unable to perceive, will assume that the cataract affected, are making things up.

What separates the Moderns from the rest of humanity is in this perception of "something else" beyond the five-sense barrier. And Christians ,in particular, should understand that from the atheist perspective (those who lack the faith sense), religion is logically ridiculous. And it is this fact that poses a huge practical problem for conservatives and it also gives an inkling of what we are up against.

When Christopher Hitchins or his ilk argue that faith is just superstition and "fairy stories", they are absolutely correct from their objective point of view. You see, Hitchins et al, live their life assuming with certitude, that there is no such thing as "faith-sight" and any statements with regard to "faith-colours or forms" are arbitrary. The honest ones amongst them are like blind men, who truly and honestly believe that there is no such thing as sight, and any statements regarding such are rubbish. Trying to convince these men, by rational argument, of the existence of transcendent moralities is by logical necessity, going to fail. In order to get the get the militant atheists on side you've got to get them to "see". They literally can't think their way towards religion because good thinking without faith is irreligious. Or to put it another way, arguing with them is like arguing with a blind man about the nature of colour, there is no way you can get him to "see" red.

This "faith-sense", not being a renationalisation process, cannot therefore be experienced by acts of rationalisation. Blind people cannot experience colours by study or by rational argument; they have to sense them.

The only way past this impasse is by some way granting them the ability to "see". The Church fathers also recognised that this faith sense was not "intrinsic" to our being but was rather a bestowed gift of God.* That means petitionary prayer; asking God to give our enemies "sight". This is why there will be no HBD or atheistic conservative revival (they may be able to give the appearance of conservative revival but it will eventually degenerate into leftist decay, it's a movement trying to empty a bathtub with a seive). They are operating within the same sensory frame of reference as do the atheists.

The West is doomed unless men start praying to God for revival and conversion of their enemies. When the monasteries start reappearing, that's when you know it'll all be right.



*(Personally I'm not so sure of this, I sometimes wonder if we all have this sense but that it becomes dulled either by Divine will or by evil human habit or will, i.e the sense is intrinsic to our being.)



extracted from the Social Pathologist

terça-feira, 12 de abril de 2011

The Last Days of Layne Staley





The Last Days of Layne Staley

by Charles R. Cross
Rolling Stone
June 1, 2002


In the summer of 1987 , guitarist Jerry Cantrell walked in a raucous Seattle party and saw a man at the center of it all , with bright pink hair pilled atop his head by means of fire poker. "he had a big smile on his face, and he was sitting with two gorgeous woman," Cantrell recalls of the moment he met Layne Staley. Cantrell didn't have a place to live, so Staley took him back to what passed for his residence - a dumpy, piss-smelling rehearsal studio where both would live for the next year. And when Cantrell heard Staley sing, he was convinced their friendship would be a lasting one: "I knew that voice was the guy I wanted to be playing with. It sounded like it came out of a 350- pound biker rather than skinny little Layne. I considered his voice to be my voice." Sometime in the first week of April, that oversize voice - which fueled a half-dozen radio hits and helped sell millions of albums - died along with Staley. On Friday, April 19th, his body was discovered in his Seattle condo. The medical examiner estimates Staley had been dead for two weeks, putting his date of death roughly as April 5th - the exact date, eight years earlier , when Kurt Cobain took his own life. A heroin cooker and a syringe were found next to Staley, and though authorities remain uncertain of the cause of death, drugs clearly played a role. Staley was thirty-four. His death ends the fifteen-year history of Alice in Chains, of the most successful Seattle bands of the Nineties. It also ends one of the longest-running personal tragedies in rock, as Staley's protracted drug problems were well documented both in the press and in his powerful lyrics. Half of the songs on 1992's 4- million- selling Dirt touched on heroin addiction, a theme that Staley detailed painfully in such songs as "Junkhead" and "Down in a hole." "I wrote about drugs, and I didn't think I was being unsafe or careless by writing about them, " Staley told Rolling Stone in one of his last interviews. "They worked for me for years, and now they're turning against me - and now I'm walking through hell." The end didn't come as a surprise to band mates who had watched his slow deterioration and failed rehab efforts, but it still left them grieving. "It's like one of the world's longest suicides," says Alice in Chains drummer Sean Kinney. "I'd been expecting the call for a long time, for seven years, in fact, but it was still shocking, and I'm surprised at how devastated I am." Staley's death came at a time when the influence of Alice in Chains on modern rock seemed greater than ever. Groups as diverse as Creed, Puddle of Mudd and System of a Down show Alice's influence in their dark sounds and themes. "When Dirt came out, the thing did not leave my CD player," says Sully Erna, whose band, Godsmack, shares its name with an Alice song. "I've never heard someone's voice hit the tape like that. He's the reason I started singing." Staley was born on August 22nd, 1967, in the Seattle suburb of Kirkland. He began as a drummer but quickly switched to singing with his first garage band, sleze. While most Seattle groups were exploring punk, the initial incarnation of Alice was decidedly glam - Staley wore baby-blue satin suits on stage. "He had a real cockiness about him," says musician Johnny Bacolas, a longtime friend. When Staley teamed with Cantrell, Kinney and original bass player Mike Starr, Alice in Chains quickly gained a Northwest fan base. "He was funny and lucid, and without a doubt he was not reluctant to be a star," remembers Pearl Jam Mike McCready. Alice signed to Columbia in 1989, and on an early tour they headlined above the then - unknown Pearl Jam. The band played itself in the Cameron Crowe movie Singles, and "Would?" - its contribution to the soundtrack became Alice's first hit, in 1992. Dirt quickly followed and went platinum. By late 1993, as Nirvana and Pearl Jam cooled off, Alice had headlined Lollapalooza and briefly reigned as the most commercially successful Northwest band. In 1994, Jar of flies became the first EP ever to debut at Number One on the Billboard charts. But even before the band's greatest fame, substance abuse problems - not just Staley's threatened to derail Alice. "We partied like demons." admits Kinney. "It took a toll. From 1991 on, it was getting pretty ugly, and Dirt is a shining example of how ugly it got. No one wanted to address it , because no on wanted confrontation." During the early Nineties, Staley enrolled in several rehab programs , but he failed to stay clean for long. At one point , the other members flew to Los Angeles for weekly therapy at Staley's rehab. "We would have done anything he wanted to have helped him," Kinney says. "Sadly, I felt that what he wanted was for us to leave him alone." Cobain's death in April 1994 scared Staley into temporary sobriety, but soon he was back into his addiction. "Everyone around him tried over and over again to help him get clean," says Pearl Jam manager Kelly Curtis. "In the end there was little else anyone could do." Alice's managers turned down lucrative touring possibilities and kept the band off the road, hoping that would help. With Alice temporarily on hiatus, Staley formed a side project called Mad Season, with McCready. "I told him ," McCready says, " ‘You do what you want, you write all the songs and lyrics. You're the singer.' He'd come in , and he'd do these beautiful songs." The resulting album , from 1995, quickly went gold and spawned the hit "River of Deceit." McCready had hoped that playing with sober musicians would encourage Staley. "I was under the mistaken theory I could help him out," he says. "I wanted to lead by example." But Staley's descent continued. After 1995's Alice in Chains, which also went to Number One, the band played only a hand full of dates. Its final shows were as the opening act for kiss, one of Staley's favorite bands. The biggest blow for Staley came in October 1996, when his long time girlfriend , Demri Parrott, died of bacterial endocarditis as a result of her own drug abuse. "He never recovered from Demri's death," says Mark Lanegan, formerly of Screaming Trees and one of Staley's best friends. "After that, I don't think he wanted to go on." Following Parrott's death, Staley moved to a penthouse condominium in a secure building and rarely answered the door or the phone. His health deteriorated to such an extent that most of his close friends thought him near death. Abscesses from years of heroin abuse covered his arms, ad he lost most of his teeth. A 1997 internet rumor that he had lost an arm to gangrene became an urban legend. But Staley steadfastly refused to return to rehab and vehemently argued that self - help groups such as Narcotics Anonymous were not for him. "He was way , way past the point where walking into an N.A. meeting would have been sufficient," says a friend. "There were so many rationalizations he had of why he couldn't get better." For several years, Staley rarely left his condo and spent most of his days creating art, playing video games or nodding off on drugs. He began to mix heroin and cocaine, and he started using crack. Even finding drugs became a physical burden, so he employed a series of dealers and other users who regularly brought him what he jokingly referred to as his "medicine." "His daily life," confides a friend, "was just a extreme struggle to get his medicine. His sense of time became so distorted." Acquaintances would visit after an absence of a year or more, and Staley would insist they'd been away for only a month. "It got to a point where he'd kept himself so locked up, both physically and emotionally," says Kinney. "Even if you could get in his building , he wasn't going to open the door. You'd phone and he wouldn't answer . You couldn't just kick the door in and grab him, though there were so many times I thought about doing that. But if someone won't help themselves, what, really , can anyone else do?" It is a question that has plagued everyone who cared about Staley. "I loved him and will always love him," says his manager, Susan Silver. "He was like a brother to me. He was this little broken but gentle spirit. We did everything we could thing of to help him choose life, but sadly the disease won instead. Even as the sickness progressed, Staley's friends and band mates continued to reach out, with little success. "I kept trying to make contact," Kinney says. "Three times a week, like clockwork, I'd call him, but he'd never answer. Every time I was in the area, I was up in front of his place yelling for him." Both Kinney and Cantrell say they hadn't spoken with Staley for at least two years. He did remain close to his mother, Nancy and stepfather, Jim. In February, the family was overjoyed when Staley visited after the birth of his first nephew. Staley's spirits seemed raised, and he used a video camera to capture the event. In early March, Staley's friends speculate, he may have contracted an illness, and with his drug weakened immune system, he couldn't fight it off. "I know for a fact they will find drugs in his system," says Kinney, "but I think his body just gave out." Staley had the wealth to continue his addiction unabated, but , ironically, it was money that served as the tip-off that something was wrong: His accountants noticed there had been no activity on his accounts for weeks. On April 19th , his mother and stepfather went to his condo with the police. At 5:50 p.m. they kicked down the deadbolted door and found Staley's body on the couch. A week after Staley was found, 500 fans gathered at Seattle Center on a rainy day night for a public memorial. "I knew Layne was loved because I loved him," his mother says. "But had no idea he had this kind of impact on so many people." A private funeral the next day brought together Staley's band mates, friends and family, away from the glare of publicity. "It's not the newest story," says Kinney. "It's the fucking rock & roll cliche, and I wonder if it will ever stop. I just hope nobody has to go through this again." Cantrell says he'll choose to remember his late friend from an act of generosity in his pre-addiction days. In 1990, Cantrell and Staley visited New York and were put up in a ritzy hotel by their record company. That night Staley befriended two homeless men. "It was Layne's idea to invite them up to the room," Cantrell says. "We fed them room service and sat up and talked to them all night. That was the kind of guy Layne was - a guy with a huge fucking heart." The addiction was worsening. In 1994, after the release of the ‘Jar of Flies' mini-album, the band cancelled their support slot on a high-profile Metallica tour. Rumours immediately began to circulate; the band had split (true, as it happens, though only for six months); Staley was suffering from AIDS; Staley was dead. The one thing that was undeniably true was that Alice In Chains were once a band who could have it all; now they were in danger of losing it all. In 1995, Alice In Chains regrouped to record their self-titled third album, which emerged in October of that year. Muted and lackluster, it lacked the black-hearted grandeur of ‘Dirt'. Only the first single ‘Grind', with it's defiant opening couplet ‘in the darkest hole you'd be well advised/Not to plan my funeral before the body dies', contained the spark of old. Journalist Jon Weiderhorn interviewed the band for ‘Rolling Stone' magazine around the time of the album's release. Although he dismissed rumors about his health, Layne Staley refused to comment on whether he was still addicted to heroin. Wiederhorn pointed out Staley's "uncut, dirt-encrusted fingernails", and noted "what appear to be red round puncture marks" from the knuckles to the wrist of the singer's left hand. "And as anyone who knows anything about (intravenous) drugs can tell you," wrote Weiderhorn, "the veins in (the) hands are used only after all the other veins have been tapped out." The issue containing the feature hit the news-stands in early 1996. It was the last time that Layne Staley spoke to the press. Alice In Chains played what would turn out to be their final live show on July 3, 1996 in Kansas City, Missouri, the fourth of four scheduled dates supporting Kiss on the latter's comeback tour. Up on the stage, Layne Staley looked ill: dangerously thin and unnervingly pale, he clung to the mike stand, barely moving. At the end of the set, the band took their bows and walked off the stage. And then Layne Staley disappeared. It's not clear whether Staley initially intended to take a temporary hiatus from music, or make a permanent break, but sightings became increasingly rare. Sources close to the band suggest that it was the death of Staley's girlfriend Demri Parrott (sp?), that was the final straw. Parrott, 27, died of a heroin overdose on October 29, 1996. According to one report published at the time, the singer was so grief-stricken that he was put on a 24-hour suicide watch. Friends say that after Parrott's death, Staley didn't seem to care about his own drug habit anymore. In his absence, stories began to spring up. It was rumoured that Staley rarely left his apartment, that he spent all his time painting or playing video games, that he had lost the ability to ingest food and was living on a diet of Ensure - a nutritional drink favoured by vitamin deficient pensioners. The most widespread rumour of all suggested that he had contracted gangrene from using dirty needles, and that he'd had, depending on who you talked to, either fingers, a hand, or a whole arm amputated (an allegation vigorously denied by everyone connected to the band). One man who did see Staley during this period was ‘Dirt' producer Dave Jerden. Alice In Chains reunited in October 1998 to record two new tracks for their ‘Music Bank' box set. The singer, said Jerden at the time, "weighed 80 pounds, and was white as a ghost". In the late ‘90's, Seattle music paper ‘The Rocket' were said to have already written Staley's obituary, waiting for the inevitable opportunity to run it. "We did say that the next time we'd be writing his name it would be for his obituary," says Joe Ehrbar, the editor of ‘The Rocket' during Staley's years of inactivity. "We used to joke about writing his obituary, but we never got round to it." Staley might not have been visible, but a glimmer of his presence was occasionally felt in Seattle. When AIC's longtime manager, Susan Silver, announced her retirement in 1998, ‘The Rocket' ran a piece asking ‘But who's to wipe and clean Alice In Chains now?" "It was a dig at Layne and the constant rumors about his health," says Joe Ehrbar. "A few days later, we received a package containing a jar of piss and a bag od shit, with a not attatched saying, "Wipe and change this, motherf**kers!'. It had to be from Layne. What a classic response." Between 1997 and the time of his death, there were only a handful of public sightings of Layne Staley. Scour the official Alice In Chains message board, and you'll find only a handful of reports from fans (a grey-faced Staley, filling up his sports car in a gas station; a man resemebling the singer drinking in a Seattle bar called the Tractor Tavern). One posting claims that Staley had alienated all his friends, "except his dealer". In 1998, Jerry Cantrell told Kerrang! That the members of Alice In Chains regularly hung out at Layne's house, "drinking beer and playing video games". Twelve months later, Sean Kinney also spoke to Kerrang!. The drummer was less upbeat. "I talk to Layne, but we don't hang out," he said ominously. "I don't live his lifestyle, so his house isn't the healthiest place to be around. I don't need any help to get annihilated." Three years later, Layne Staley was dead, an apparent victim of that very same "lifestyle". Precisely what happened in the years leading up to his death is unclear at the moment; considering the circumstances, there's a very good chance that it'll remain that way. In death, as in life, Layne Staley remains an enigma. At 6 pm on Saturday, April 20, just 24 hours after Layne Staley's body was found, a vigil was held at the International Fountain in Seattle. Two hundred fans gathered to light candles and pay tribute to Staley. The vigil was organized by Alice in Chains fan Cain Rurup via the band's official website. "It's the least I could do for what he gave to me," said Rurup. "Every Alice In Chains album came out a time of my life when I really needed it. They fit like pieces of a puzzle. I think they saved my life, because I had some of the same addictions." Later in the evening, Staley's bandmates Jerry Cantrell, Sean Kinney, and Mike Inez turned up at the vigil. They were joined by ex-Soundgarden frontman Chris Cornell and Susan Silver, Cornell's wife and Alice In Chains former manager. "My heart is broken," said a tearful Kinney, while Cantrell hugged fans. Members of Staley's family are also in attendance; the singer's mother is reported to have spent time comforting grieving fans. The final word should go to Jamie Staley, speaking outside her brother's apartment. "It's clear that people loved him and will miss him," she says simply. "It would mean a lot to him too, to know that this many people loved him."









http://www.laynestaleytribute.com/LSTFund_Tribute2005/LSFContact.html

http://www.thestranger.com/seattle/Content?oid=10557

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Resposta à VEJA




"Sou professora do Estado do Paraná e fiquei indignada com a reportagem da jornalista Roberta de Abreu Lima “Aula Cronometrada”. É com grande pesar que vejo quão distante estão seus argumentos sobre as causas do mau desempenho escolar com as VERDADEIRAS razões que geram este panorama desalentador.

Não há necessidade de cronômetros, nem de especialistas para diagnosticar as falhas da educação. Há necessidade de todos os que pensam que: “os professores é que são incapazes de atrair a atenção de alunos repletos de estímulos e inseridos na era digital” entrem numa sala de aula e observem a realidade brasileira.

Que alunos são esses “repletos de estímulos” que muitas vezes não têm o que comer em suas casas quanto mais inseridos na era digital? Em que pais de famílias oriundas da pobreza trabalham tanto que não têm como acompanhar os filhos em suas atividades escolares, e pior em orientá-los para a vida? Isso sem falar nas famílias impregnadas pelas drogas e destruídas pela ignorância e violência, causas essas que infelizmente são trazidas para dentro da maioria das escolas brasileiras.

Está na hora dos professores se rebelarem contra as acusações que lhes são impostas. Problemas da sociedade deverão ser resolvidos pela sociedade e não somente pela escola.

Não gosto de comparar épocas, mas quando penso na minha infância, onde pai e mãe, tios e avós estavam presentes e onde era inadmissível faltar com o respeito aos mais velhos, quanto mais aos professores e não cumprir as obrigações fossem escolares ou simplesmente caseiras, faço comparações com os alunos de hoje “repletos de estímulos”. Estímulos de quê? De passar o dia na rua, não fazer as tarefas, ficar em frente ao computador, alguns até altas horas da noite, (quando o têm), brincando no Orkut, ou o que é ainda pior envolvidos nas drogas. Sem disciplina seguem perdidos na vida. Realmente, nada está bom. Porque o que essas crianças e jovens procuram é amor, atenção, orientação e disciplina.

Rememorando, o que tínhamos nós, os mais velhos, há uns anos atrás de estímulos? Simplesmente: responsabilidade, esperança, alegria.

Esperança que se estudássemos teríamos uma profissão, seríamos realizados na vida. Hoje os jovens constatam que se venderem drogas vão ganhar mais.

Para quê o estudo? Por que numa época com tantos estímulos não vemos olhos brilhantes nos jovens? Quem, dos mais velhos, não lembra a emoção de somente brincar com os amigos, de ir aos piqueniques, subir em árvores?

E, nas aulas, havia respeito, amor pela pátria.. Cantávamos o hino nacional diariamente, tínhamos aulas “chatas” só na lousa e sabíamos ler, escrever e fazer contas com fluência. Se não soubéssemos não iríamos para a 5ª. Série. Precisávamos passar pelo terrível, mas eficiente, exame de admissão. E tínhamos motivação para isso.

Hoje, professores “incapazes” dão aulas na lousa, levam filmes, trabalham com tecnologia, trazem livros de literatura juvenil para leitura em sala-de-aula (o que às vezes resulta em uma revolução), levam alunos à biblioteca e a outros locais educativos (benza, Deus, só os mais corajosos!) e, algumas escolas públicas onde a renda dos pais comporta, até a passeios interessantes, planejados minuciosamente, como ir ao Beto Carrero.

E, mesmo, assim, a indisciplina está presente, nada está bom. Além disso, esses mesmos professores “incapazes”, elaboram atividades escolares como provas, planejamentos, correções nos fins-de-semana, tudo sem remuneração;

Todos os profissionais têm direito a um intervalo que não é cronometrado quando estão cansados. Professores têm 10 minutos de intervalo, quando têm de escolher entre ir ao banheiro ou tomar às pressas o cafezinho. Todos os profissionais têm direito ao vale alimentação, professor tem que se sujeitar a um lanchinho, pago do próprio bolso, mesmo que trabalhe 40 h.semanais. E a saúde? É a única profissão que conheço que embora apresente atestado médico tem que repor as aulas. Plano de saúde? Muito precário. Há de se pensar, então, que são bem remunerados... Mera ilusão! Por isso, cada vez vemos menos profissionais nessa área, só permanecem os que realmente gostam de ensinar, os que estão aposentando-se e estão perplexos com as mudanças havidas no ensino nos últimos tempos e os que aguardam uma chance de “cair fora”.Todos devem ter vocação para Madre Teresa de Calcutá, porque por mais que esforcem-se em ministrar boas aulas, ainda ouvem alunos chamá-los de “vaca”,”puta”, “gordos “, “velhos” entre outras coisas. Como isso é motivante e temos ainda que ter forças para motivar. Mas, ainda não é tão grave. Temos notícias, dia-a-dia, até de agressões a professores por alunos. Futuramente, esses mesmos alunos, talvez agridam seus pais e familiares.

Lembro de um artigo lido, na revista Veja, de Cláudio de Moura Castro, que dizia que um país sucumbe quando o grau de incivilidade de seus cidadãos ultrapassa um certo limite. E acho que esse grau já ultrapassou. Chega de passar alunos que não merecem. Assim, nunca vão saber porque devem estudar e comportar-se na sala de aula; se passam sem estudar mesmo, diante de tantas chances, e com indisciplina... E isso é um crime! Vão passando série após série, e não sabem escrever nem fazer contas simples. Depois a sociedade os exclui, porque não passa a mão na cabeça. Ela é cruel e eles já são adultos.

Por que os alunos do Japão estudam? Por que há cronômetros? Os professores são mais capacitados? Talvez, mas o mais importante É QUE HÁ DISCIPLINA. E é isso que precisamos e não de cronômetros. Lembrando: o professor estadual só percorre sua íngreme carreira mediante cursos, capacitações que são realizadas, preferencialmente aos sábados. Portanto, a grande maioria dos professores está constantemente estudando e aprimorando-se.

Em vez de cronômetros, precisamos de carteiras escolares, livros, materiais, quadras-esportivas cobertas (um luxo para a grande maioria de nossas escolas), e de lousas, sim, em melhores condições e em maior quantidade. Existem muitos colégios nesse Brasil afora que nem cadeiras possuem para os alunos sentarem. E é essa a nossa realidade! E, precisamos, também, urgentemente de educação para que tudo que for fornecido ao aluno não seja destruído por ele mesmo
Em plena era digital, os professores ainda são obrigados a preencher os tais livros de chamada, à mão: sem erros, nem borrões (ô, coisa arcaica!), e ainda assim se ouve falar em cronômetros. Francamente!!!

Passou da hora de todos abrirem os olhos e fazerem algo para evitar uma calamidade no país, futuramente. Os professores não são culpados de uma sociedade incivilizada e de banditismo, e finalmente, se os professores até agora não responderam a todas as acusações de serem despreparados e “incapazes” de prender a atenção do aluno com aulas motivadoras é porque não tiveram TEMPO. Responder a essa reportagem custou-me metade do meu domingo, e duas turmas sem as provas corrigidas."

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Você é brega?

Título original: Dez passos pra usar bota branca

por Luiz Felipe Pondé para Folha

Conversando com uma jornalista de uma importante revista do mercado editorial recentemente, usei algumas vezes a palavra "brega" e ela me perguntou: "Pondé, o que você quer dizer com a palavra brega? Para mim, brega é usar bota branca".

Cumpro aqui a promessa que fiz a ela: vou dizer o que eu acho brega, e você vai ver como vivemos numa época brega.

Antes, um reparo: "brega" normalmente quer dizer coisa cafona, de mau gosto, como gente chorando em programa de TV para dona de casa, churrasco na laje como estilo de vida ou feijoada com pagode (sua presença será perdoada só se você estiver lá para pegar alguém, claro, aí, com Deus ou sem Deus, tudo é permitido).

Outro reparo: para os eruditos, sei bem que sou acusado de estetizar a ética (nisso tenho comigo um excelente cúmplice, Nietzsche). Explico: estetizar a ética é tornar o problema do bem e do mal mera questão de gosto, coisa de gente blasé.

Assumo o risco, quem ficar bravo pegue uma senha. Sei bem que o problema do bem e do mal não se reduz à questão de gosto, mas, num mundo como o nosso, defender-se desse mau gosto que é fazer marketing de comportamento é uma obrigação de qualquer pessoa de bom gosto.

Ser brega é:

1) Querer ser chique. Essa é terrível. Nada mais brega do que se preocupar com o que os ricos pensam de você. Confundir "ter dinheiro" com "ser chique" é coisa de gente pobre de espírito. "Ser chique" é como ter olho azul ou verde: se você não tem, azar o seu, se colocar lentes de contato com cor, será ridículo, como homem careca que usa peruca ou homem que pinta o cabelo.

2) Achar que seu filho não sofre dos males que os filhos dos outros sofrem. Crer que seus filhos não falam bobagens nas redes sociais. Achar que eles gostam mesmo de pepino e berinjela e que são mesmo pessoas preocupadas com o ambiente aos 12 anos de idade.

Some a essa breguice sua crença de que seu "filho consciente" é a prova viva de que você o educou bem e veja nisso uma prova de que você é mesmo legal. Gente assim coloca fatias de laranja italiana em jarras de água em festas e adora receber e fazer elogios no Facebook. Além, é claro, de criar vira-latinhas como prova de consciência social.

3) Achar avião chique. Tirar foto dentro do avião ou de você "com a Monalisa". Ir ao Louvre. Confundir "fazer turismo" com "conhecer o mundo". Uma diferença grande é: se quando voltar, você quiser muito contar para os outros onde foi que você fez turismo.

4) Acreditar em energias. Dizer que "você tem um deus dentro de você" e que ele "lhe entende". Deus deve ter bode de gente como você.

5) Querer que pensem que sua filha é sua irmã. Achar legal ela ser mais careta do que você. Pedir conselhos amorosos para ela.

6) "Respeitar" seu parceiro. No caso dos homens, dizer coisas como "Eu acho que as mulheres são vítimas sociais". Isso é papo de quem só pega mulher chata e feia ou nunca pegou mulher nenhuma.

7) Você até pode ser uma pessoa "fiel" e "honesta", mas, se você conseguir resistir à infidelidade e a "roubar no jogo" seja lá no que for e achar que resistiu não porque você teve medo ou porque a oportunidade não foi tão boa (o que você tem em casa é melhor, por exemplo, ou o risco de ser pego não vale a empreitada), você é mesmo brega.

Se você sabe que está mentindo, você é apenas hipócrita, se acredita mesmo na sua falsa virtude, é brega. Nada mais brega do que acreditar que você tem virtudes quando, na realidade, faltam oportunidades para você realizar seus vícios.

8) Ter sensibilidade de classe média: sonhar com ambientes de gente rica. Achar legal ser celebridade. Pegar trânsito para ir à praia em feriadões. Vestir-se para festa quando você vai a shopping centers.

9) Dizer que "você quer ser feliz" ou que não tem preconceitos. Acreditar numa vida saudável e na psicologia de recursos humanos aplicada à sua vida pessoal: confundir ter amigos com fazer networking, "agregar valor" a si mesmo, fazer marketing pessoal ou marketing do bem.

10) Acreditar em si, na natureza, no progresso da humanidade, na vida e na energia do Réveillon.

Postado originalmente em Paulo Lopes Weblog

sábado, 8 de janeiro de 2011

Ateus e Ateus





Há dois tipos de ateus: os que não acreditam que Deus existe e os que acreditam piamente que Deus não existe. Os primeiros relutam em crer naquilo de que não têm experiência. Os segundos não admitem que possa existir algo acima da sua experiência. A diferença é a mesma que há entre o ceticismo e a presunção de onissapiência.

Acima da distinção de ateus e crentes existe a diferença, assinalada por Henri Bergson, entre as almas abertas e as almas fechadas. Vou explicá-la a meu modo. Como tudo o que sabemos é circunscrito e limitado, vivemos dentro de uma redoma de conhecimento incerto cercada de mistério por todos os lados. Isso não é uma situação provisória. É a própria estrutura da realidade, a lei básica da nossa existência. Mas o mistério não é uma pasta homogênea. Sem poder decifrá-lo, sabemos antecipadamente que ele se estende em duas direções opostas: de um lado, a suprema explicação, a origem primeira e razão última de todas as coisas; de outro, a escuridão abissal do sem-sentido, do não-ser, do absurdo. Há o mistério da luz e o mistério das trevas. Ambos nos são inacessíveis: a esfera de meia-luz em que vivemos bóia entre os dois oceanos da claridade absoluta e da absoluta escuridão.

O simbolismo imemorial dos estados "celestes" e "infernais" demarca a posição do ser humano no centro do enigma universal. Essa situação - a nossa situação - é de desconforto permanente. Ela exige de nós uma adaptação ativa, dificultosa e problemática. Daí as opções da alma: a abertura ao infinito, ao inesperado, ao heterogêneo, ou o fechamento auto-hipnótico na clausura do conhecido, negando o mais-além ou proclamando com fé dogmática a sua homogeneidade com o conhecido. A primeira dá origem às experiências espirituais das quais nasceram os mitos, a religião e a filosofia. A segunda leva à "proibição de perguntar", como a chamava Eric Voegelin: a repulsa à transcendência, a proclamação da onipotência dos métodos socialmente padronizados de conhecer e explicar.

A religião é uma expressão da abertura, mas não é a única. A simples admissão sincera de que pode existir algo para lá da experiência usual basta para manter a alma alerta e viva. É possível ser ateu e estar aberto ao espírito. Mas o ateu militante, doutrinário, intransigente, opta pela recusa peremptória do mistério, deleitando-se no ódio ao espírito, na ânsia de fechar a porta do desconhecido para melhor mandar no mundo conhecido.

Dostoiévsky e Nietzsche bem viram que, abolida a transcendência, só o que restava era a vontade de poder. Aquele que proíbe olhar para cima faz de si próprio o topo intransponível do universo. É uma ironia trágica que tantos adeptos nominais da liberdade busquem realizá-la através da militância anti-religiosa. As religiões podem ter-se tornado violentas e opressivas ocasionalmente, mas a anti-religião é totalitária e assassina de nascença. Não é uma coincidência que a Revolução Francesa tenha matado dez vezes mais gente em um ano do que a Inquisição Espanhola em quatro séculos. O genocídio é o estado natural da modernidade "iluminada".


Olavo de Carvalho
Jornal do Brasil, 15 e março de 2007

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

O Feminismo Radical

Leiam esse excelente comentário sobre o feminismo radical. Foi o melhor texto que eu já li sobre esse assunto. É um email da Psicóloga Cintia Fulador endereçado à jornalista Inês de Castro da BANDNEWS. Vale à pena conferir.

O texto original vem do blog "Primeiro Sexo" do Professor Sócrates Nolasco. Irei colocar só um trecho e, vocês leiam o resto no link abaixo.

TEXTO DE CINTIA FULADOR.


Prezada Inês de Castro,


Ouvi hoje, 08.04.09, seu comentário no "Por dentro do Espelho", aí na Band News FM.


Nele você fala sobre a ignorância de alguns jovens alemães que acham que o muro de Berlim não deveria ter caído, pois o comunismo era muito melhor, que o comunismo é um ideal, etc. E, concordo com você, as coisas não são bem assim...


Logo após, você fala das meninas mais novas que atacam o feminismo e detestam as feministas, pois segundo elas as mudanças que houveram não são legais, etc, etc.... e então você diz que elas precisam ler mais, ter conhecimento, assim como os jovens alemães.


Agora, neste ponto discordo de você. Talvez vc esteja mal informada sobre o Feminismo, sobre o que é, e qual sua finalidade!


Está patente (e só não vê quem não quer), que o Feminismo, em pouquíssimo tempo, conseguiu implodir uma instituição sagrada e maravilhosa, que durou cerca de 5.000 anos: a família!!! Nesse ponto, estou de acordo com essas meninas "novas": o Feminismo é uma doença insana e radical!


Lógico que concordo que tivemos vários benefícios, como, direito ao voto, entrada no mercado de trabalho, direitos e deveres iguais, etc, etc, etc. Porém, a igualdade de direitos e de deveres simplesmente ficou para trás. À custa de um discurso político agressivo, hipócrita, e maquiavélico, nós mulheres estamos hoje muito melhor que os homens! E não me venha com aquele "discursinho" ridículo que mulher ainda ganha menos!!! Olhe ao seu redor e verás como o homem acabou sendo aniquilado!


No campo político jurídico, temos muito mais direitos e privilégios que os homens: isenção do serviço militar, aposentadoria com menos tempo de contribuição, aposentadoria com menos tempo de serviço, direito de aquisição exclusiva da propriedade imóvel nos programas habitacionais da CDHU, COHAB, e CEF, foro privilegiado nas ações judiciais de família, e agora a Lei Maria da Penha, que "arrebenta" com o homem em instantes. Essa lei, considerada como "a melhor lei já feita" (para as mulheres, é claro), é capaz de expulsar o marido de sua própria casa, em questão de horas, colocá-lo na cadeia por dias ou semanas, e determinar seu afastamento físico da companheira (como um verdadeiro animal), sob pena de imediato encarceramento! Tudo isso, mediante simples alegação da mulher, que, aos olhos da lei, é a grande e eterna vítima do animal monstruoso chamado homem! Por outro lado, se mulher quiser, pode espancar o marido até a morte, de todas as formas e maneira possíveis, porque a referida lei não se aplica a ela (e não me venha dizer que mulher não agride homem). Portanto, onde estão os direitos e deveres iguais????


No campo político institucional, somos alvos de centenas (para não dizer milhares) de políticas públicas e privadas, direcionadas especialmente para nosso desenvolvimento e bem estar! Temos milhares de hospitais da mulher, delegacias da mulher, dia da mulher, comitês da mulher, associações de defesa de mulheres, secretarias especiais de defesa das mulheres, programas de desenvolvimento profissional, além de uma hiper super mega exposição na mídia, sempre sob o prisma da valorização e do engrandecimento! Por outro lado, o que tem os homens? Nada, simplesmente nada. Basta ligar a TV, o rádio, a Internet, ou abrir o jornal ou as revistas semanais, para ver sempre o mesmo odioso discurso! Nele, a mulher é sempre associada a atributos positivos (linda, forte, sensível, dedicada, corajosa, batalhadora, justa, mediadora, harmoniosa, conciliadora, bem sucedida, correta, etc): enfim, a esperança de uma sociedade justa e harmônica! Por outro lado, o homem é sempre associado a atributos negativos (bruto, tosco, violento, chulo, sujo, beberrão, briguento, tarado, desequilibrado, etc): enfim, o excremento da sociedade! Ora, isso é igualdade de direitos e deveres? Isso é igualdade de tratamento, conferida pela mídia???


No campo educacional e profissional então, aqui em São Paulo a coisa já desequilibrou há muito tempo!! Nas universidade, somos quase 75%. Nas empresas, somos 60%! Nos cargos de comando (supervisão, chefia, gerência), somos 70%! Na advocacia, somos maioria! No sistema judiciário, somos maioria! Na medicina, somos maioria! Em todas as boas profissões, somos maioria (dados que pesquisei em revistas das entidades de classe e outras fontes). Aposto que aí na redação da Band News não é diferente: SOMOS MAIORIA! Outro dia mesmo (há uns 2 anos atrás), o diretor de jornalismo da Bandnews, André Luiz Costa, disse todo orgulhoso que a redação da Band News era composta por 80% de mulheres!! Pobre coitado! Não percebeu que, logo, logo, será trocado por uma linda e talentosa jornalista, e que, em questão de poucos anos, o staff da Band será 100% feminino!


E ainda tem feminista dizendo que a mulher ganha menos (aiii, coitadinha)!!! Menos onde?? Aponte-me uma única mulher, aqui em São Paulo (pois é aqui que vivemos), que trabalhe na mesma empresa, na mesma função, e pelo mesmo período de tempo, que ganhe menos que um homem!!! Aponte-me!!! As feministas, imbuídas de um ódio incontrolável pelo sexo masculino, simplesmente deturpam os dados estatísticos: comparam o salário da diretora que acabou de assumir o cargo, com o do diretor que está no cargo há trinta anos! Ou então, comparam os salários de empregados que ocupam funções diversas, em períodos diversos! Ou então, pior ainda, comparam dados estatísticos do Acre e de Rondônia, citando-os como se fossem aqui! Já vi feministas apontarem dados estatísticos da Arábia Saudita, como motivo para a busca insana de mais direitos, mais privilégios, mais benefícios, mais direitos, mais privilégios, mais benefícios, mais direitos, mais privilégios, mais benefícios!!!!


E os homens, como estão? Quem os defende? Eu, particularmente, não conheço ninguém que os defenda! Não há pesquisas sérias sobre a derrocada do homem, mas, há sinais evidentes de sua decadência e queda! São apenas 25% dos universitários aqui em nosso Estado, o que equivale a dizer que, em alguns anos, estarão fadados a empregos brutos, sujos e mal remunerados! São as maiores vítimas da violência urbana: quase 90%! São a esmagadora maioria dos mendigos e indigentes: mais de 90% (olhe nas ruas e verás)! São a maioria dos desempregados aqui em São Paulo! Aliás, dados oficiais nos dizem que as mulheres já são maioria entre os "chefes de família". Mas, omitem que as famílias sustentadas por mulheres são, na sua grande maioria, mãe e filhos, sem a figura paterna. Figura paterna que, na maioria das vezes, é simplesmente expulso de casa, como um animal fétido e asqueroso.


Como disse mais acima, acho que vc está mal informada sobre o Feminismo: deveria consultar fontes fidedignas e imparciais, e não fontes políticas. O feminismo não é nenhum pensamento filosófico positivista, como amiúde é pregado pela mídia. Nem tampouco um movimento que busca a igualdade entre os sexos. O Feminismo é uma ideologia política radical, que busca a eliminação do homem de todas as esferas de poder (político, social, e econômico), que prega o ódio contra o sexo masculino, e que se vale do famigerado e ridículo "discurso de vítima" para alcançar seus objetivos! Através de agressivo e incessante movimento político, conseguiu que a situação se invertesse: hoje, discriminado é o homem! Infelizmente, pouca gente percebeu isso! E não me venha dizer que isso é fantasioso ou irreal, pois, há lastro científico para o que estou dizendo. Acho que vc precisa ler Sócrates Nolasco, Norah Vincent, Robert Bly, Laura Schlessinger, Christina Hoff Sommers, e Warren Farrel! Aliás, porque vc não chama o Professor Sócrates Nolasco ao seu programa, para ver o que ele acha do Feminismo??



Postado originalmente em: Cigarettes, Alcohol and Football