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segunda-feira, 31 de maio de 2010

Wearing & Tearing







do cvidanja...










seek the hidden words
as time unfolds
you'll find the answers








































































Oh nothing’s gonna change my love for you
I wanna spend my life with you
So we make love on the grass under the moon
No one can tell, damned if I do
Forever journeys on golden avenues
I drift in your eyes since I love you
I got that beat in my veins for only rule
Love is to share, mine is for you

sexta-feira, 21 de maio de 2010

A fé racional


"O conceito de Deus, e mesmo a convicção de sua existência, que só podem ser encontrados na razão, decorrem unicamente dela e não nos podem ser dados por inspiração nem por uma informação que fosse comunicada, mesmo pela maior autoridade. Se me ocorrer uma intuição imediata de tal espécia que a natureza, tanto quanto sou capaz de conhecê-la, não pode fornecer, tem de haver, no entando, um conceito de Deus para servir de fio condutor para que eu saiba se o fenômeno concorda também com tudo o que se exige como característica de uma divindade. Mesmo se absolutamente não compreendo como seria possível que um fenômeno qualquer represente, mesmo apenas quanto à qualidade, aquilo que se pode unicamente pensar mas não pode jamais ser intuído, pelo menos é bastante evidente que, apenas para julgar se é Deus o que me aparece e que atua interna ou externamente sobre minha sensibilidade, devo submetê-lo ao meu conceito racional de Deus e, em seguida, examinar não só se é adequado a ele, mas se não o contradiz.

À firmeza da fé pertence a consciência de sua invariabilidade. Assim, posso estar inteiramente certo de que ninugém me poderá refutar a proposição: Deus existe. Pois, de onde o adversário extrairia essa compreensão? Por conseguinte, não se dá com a fé racional o mesmo que com a crença histórica, a respeito da qual o surgimento de demonstrações em contrário é sempre possível, e devemos estar preparados para mudar de opinião sempre que se amplicar o nosso conhecimento do assunto." - Immanuel Kant

terça-feira, 18 de maio de 2010

Athena's Last Stand

"Quando lemos, outra pessoa pensa por nós: só repetimos seu processo mental. Trata-se de um caso semelhante ao do aluno que, ao aprender a escrever, traça com a pena as linhas que o professor fez com o lápis. Portanto, o trabalho de pensar nos é, em grande parte, negado quando lemos. Daí o alívio que sentimos quando passamos da ocupação com nossos próprios pensamentos à leitura. Durante a leitura nossa cabeça é apenas o campo de batalha de pensamentos alheios. Quando estes, finalmente, se retiram, que resta? Daí se segue que aquele que lê muito e quase o dia inteiro, e que nos intervalos se entretém com passatempos triviais, perde, paulatinamente, a capacidade de pensar por conta própria, como quem sempre anda a cavalo acaba esquecendo como se anda a pé. Este, no entanto, é o caso de muitos eruditos: leram até ficar estúpidos. Porque a leitura contínua, retomada a todo instante, paralisa o espírito ainda mais que um trabalho manual contínuo, já que neste ainda é possível estar absorto nos próprios pensamentos."¹





Volta e meia a vida nos conduz por caminhos tortuosos, trágicos, e outras vezes cômicos.
Sempre busquei com primor o desenvolvimento das faculdades humanas na leitura e no aprendizado através do conhecimento que por milhares de anos, os melhores homens que por essa Terra passaram deixaram como legado. Não me parecia razoável buscar em poucas dezenas de anos algo de muito grande, tendo ignorado séculos e mais séculos de vivências das mais variadas, passadas por mentes diferentemente constituídas e moldadas, estilos de vida diversos, e percepções tão amplas quanto o universo.

E sempre, nos momentos mais difíceis, quando caminhava na beirada do penhasco ou no reluzente fio da navalha, lá estavam os escritos, as reflexões... Pensamentos ditos por outras bocas, frutos da vivência de outras almas, ideologias e sabedorias apossadas, mas ao mesmo tempo tão minhas. Que traziam luz e amparo sem igual para o que me ocorria. Era como se as frases do Octavarium² se repetissem sempre em algum lugar recôndito da minha mente:

'Nós nos movemos em círculos
Balançamos o tempo todo
No reluzente fio da navalha

Uma esfera perfeita
Colidindo com nosso destino
A história acaba aonde começou'


É nesses momentos que inconscientemente formas, cores, rostos, lugares e situações diversas se desenham no quadro branco que outrora guiava meus passos. Quantas vezes eram as únicas palavras que me ocorriam. A necessidade delas causava temor e certa angústia. O estigma do desenvolvimento paralizado causa espécie a mentes ávidas por progresso, desenvolvimento, superação. A que mais seria atribuído por exemplo a constituição do Super-Homem proclamado por Zaratustra? Que outra matéria prima poderia ser responsável pela conjugação de corpo, alma e espírito, se não o desejo de crescer, aprender, melhorar, e seguidamente transmitir, ensinar e discipular?

O tempo é inimigo de todo grande homem, que tem áscuo pela inércia, pela escravização do corpo e dos sentidos pelo sistema que nos transforma em marionetes e nos mantém sempre entretidos, falantes, risonhos e esperançosos (pelo quê?). O tempo sim é algo implacável, impiedoso e único. O que me faz lembrar de sua importância nas lições do lendário Musashi³, que provavelmente soariam quase que como sarcasmo para o homem médio atual.

O homem médio, que na esfera jurídica é sinônimo de qualidade, elogio e idealismo; mas para o Super-Homem é nada mais que nada, que mais um. Homem médio soa como medíocre, que não faz diferença pro bem, apenas não faz para o mal. E nesse ponto talvez até mesmo um homem mal seria de maior utilidade à civilização, pois é através deles que o bom se destaca e é reconhecido. O médio moderno é ainda pior, pois a todo momento é colocado diante de oportunidades de alçar voo mas escolhe aprisionar-se voluntariamente; é o homem que entra em contato com preciosos tesouros mas lhe dá as costas, que conhece grandes mestres e ouve grandiosas lições mas as atira ao vento, ocupando-se de trivialidades e futilidades. É desse homem que deve-se ter pavor, pois é o que tem potencial para tornar-se grande, mas não o aproveita. O que dizer dos miseráveis par excellence? O Super-Homem tem pavor do homem médio e tudo que ele representa. Ele passa longe do mundano, do mediano, do irrelevante, e o sobrevoa com categoria e sem olhar para baixo.

Que o bom Deus nos livre do deserto, do disperdício e da possibilidade de que a preciosidade da vida, o alento do bem, da sabedoria e da plenitude nos agraciem e permita-me contemplar do mais alto monte, a prosperidade do equilíbrio que vem de dentro, e transborda por não ter mais para onde ir neste ser. Que o homem, que é a corda estendida entre o animal e o Super-Homem possa encontrar seu papel em si mesmo. Que o homem que hoje vos fala, aprenda a viver, como que se extinguindo, pois o maior valor que há no homem, é ser uma ponte para algo melhor, não um fim em si mesmo.




'Amo o que prodigaliza a sua alma, o
que não quer receber agradecimentos
nem restitui, porque dá sempre e não
quer se poupar.'
assim falava Zaratustra
















¹:Arthur Schopenhauer - Sobre livros e leitura: excerpt from Parerga e Paralipomena

²: Octavarium - Razor's Edge (Rudess, Jordan; Labrie, Kevin James; Portnoy, Michael; Petrucci, John; Myung, John)

³: As 21 lições do Mestre Musashi Miyamoto:

1. Eu nunca ajo contrário à moralidade tradicional.
2. Eu não sou parcial com nada e nem com ninguém.
3. Eu nunca tento arrebatar um momento de sossego.
4. Eu penso humildemente de mim e grandemente para o público.
5. Sou inteiramente livre de ganância em toda minha vida.
6. Eu nunca lamento o que já fiz.
7. Eu nunca invejo a boa sorte dos outros, mesmo estando com má sorte.
8. Eu nunca aflijo-me por qualquer um, qualquer coisa ou qualquer tempo.
9. Eu nunca censuro ninguém, ou me censuro para alguém.
10. Eu nunca sonho em apaixonar-me por uma mulher.
11. Gostar e não gostar de algo, é um sentimento que não tenho.
12. Qualquer que seja a minha moradia, eu não tenho nenhuma objeção à ela.
Samurai13. Eu nunca desejo um alimento saboroso.
14. Eu nunca tenho objetos antigos ou curiosos em meu poder.
15. Eu nunca faço purificação ou obstinência para proteger-me do mal.
16. Eu não tenho apreço por nenhum objeto, exceto espadas e outras armas.
17. Eu nunca daria minha vida por uma causa injusta.
18. Eu nunca desejo possuir bens que tornem minha velhice confortável.
19. Eu adoro deuses e budas, mas nunca penso em depender deles.
20. Eu prefiro me matar do que desonrar meu bom nome.
21. Nunca, nem por um momento sequer, meu coração e minha alma desviaram-se do caminho da espada.

segunda-feira, 17 de maio de 2010

A Desconstrução da Ilusão Masculina sobre a Mulher

A sensação de injustiça, certamente, é o que leva muitos rapazes a se frustrarem no que diz respeito à conquista, ou melhor, quando não há a conquista, pois, evidentemente, só há conquista quando a mulher deixa-se conquistar (o que me faz pensar se há, em verdade, conquista alguma).


A construção dessa frustração se dá a partir do ideário cultural sobre o que mulheres gostam – seja concernente ao homem, seja concernente a objetos, isto é, a questão referente à “materialidade” da coisa (presentes, por ex.) – e, por conseguinte o que as atrai.

Posto isso, cabe, agora, dizer como esse fenômeno se dá na cabeça do homem, aquele incapaz de notar o que se segue.

Desde a mais tenra idade, ele é condicionado a enxergar o sexo feminino para além – ou aquém – da realidade, quer dizer, sem considerar o fato de que uma mulher é tão humana quanto ele e, mais além, é tão animal – falando apenas biologicamente – quanto qualquer outro animal, isto é, conquanto ela seja excelsa por suas características femininas, sua feminilidade, ela jamais chegará ao nível ao qual o homem fora condicionado a acreditar que é: o de divindade.

Embora, pareça e seja evidente, é deveras árduo – julgo ser a maior parte dos casos – de ser assimilado por uma mente, muitas vezes, indolente, fruto de toda uma doutrinação diária – por meio de familiares, amigos, professores, veículos de “informação”, por ex. – em toda a vida.

Desse modo, por mais que se observe a contradição dos fatos com a teoria – o que se ouve dizer, em grande parte, advém das próprias mulheres – é a ainda incrível para o homem dotado de uma perspicácia tacanha, irrisória, até por que uma vez que a teoria advenha do próprio sexo feminino, possui um caráter, na cabeça desse mesmo homem, fidedigno – assim, ele é incapaz de se dar conta de que a opinião do vendedor sobre a roupa a qual este vende é tão sincera quanto uma ironia.

Assim sendo, o homem não vê razões para acreditar que o modus faciendi o qual foi – inclusive, agora, por si mesmo – condicionado a aderir, não seja, o que de fato é, um embuste e mais além um engodo.

Dessa maneira, agora, o homem possui a conduta a qual supõe – na verdade, tem certeza – ser aquela que o tornará impossível de se ser rejeitado, mas não somente pelos motivos acima citados como também pela fundamentação moral dada a essa mesma conduta – talvez ai resida, em suma, sua frustração. Continuemos.

Após, para o homem aqui tratado, não haver motivo para desacreditar a conduta e mais ainda, por questões de moral, ser reforçada, esse homem vai em busca de sua amada, aquele que o inspira os mais doces pensamentos e o titila as mais doces sensações. Eis, por fim, o cerne de nosso artigo, caro leitor, a frustração.

“Ora”, pergunta-se o homem, “como pude ser rejeitado? Não deixei sequer um pormenor escapar, ou deixei?”, este é outro detalhe: o homem ante seu insucesso cogita todas as possibilidades que possam ter o levado a tal, desconfia de si mesmo, mas nunca da verossimilhança do que aprendera e menos ainda da mulher, objeto de sua – vontade de – conquista. Contudo, ele persiste, porque não pode desistir de sua amada, de sua Afrodite. E, após um insucesso seguido do outro, ele passa a se estimular a permanecer atrás de sua musa, relembrando os romances que leu - talvez Werther –, mas é sempre insucesso. De qualquer sorte, tudo o que passará é perfeitamente, para ele, aceitável, pois ainda acredita que o erro reside em si mesmo.

Agora, vem a melhor parte – para quem gosta de ironia ou é apenas sádico – ou pior – para o protagonista dessa trama, o homem – que nada mais é se não a vez que sua amada passa a deleitar-se nos braços do cafajeste de personalidade biltre e rastejante jamais vista; representando, par excellence, a personificação da contradição entre teoria e fato mencionada anteriormente.

Dai, chegamos à questão da injustiça. Ela se dá pelo simples fato desse homem achar – desculpem-me a repetição – injusto agir conforme mulheres dizem se atrair e, mesmo assim, ser “trocado” (como se algum vez ele tivesse a mulher para si) por alguém que em nada corresponde ao que se ouviu dizer ser o “certo” a se fazer e ser (muitas vezes penso se homens assim não crêem em alguma espécie de “mão invisível” que coordene as relações interpessoais). Engana-se, afinal.

(Após tudo isso, há alguns caminhos que esse homem pode enveredar: 1º suicidar-se tal qual o jovem Werther [não consegue viver sem sua amada]; 2ºAssassina-a, pois “senão será sua não será de ninguém mais”; 3ºAssassina-a e suicida-se em seguida, pois ela não será sua em vida e menos ainda em morte [sem esquecer, é claro, de fatores legislativos de seu país para tal]; 4ºDeixa-a de lado, aceita a rejeição, embora discorde, e passa, agora, a ir atrás de outra [s] com o, ainda, mesmo comportamento e mantendo a cadeia de frustrações; 5º Reconhece a realidade, a incoerência do que ouvira dizer, e passa a agir como queira ou passa a imitar o comportamento daquele que outrora “roubou” sua amada.)

Em suma, engana-se, pois pensa ser seu fracasso na conquista uma injustiça, só que a conquista é um meio descaracterizado de legalidade (não possui leis fixas e definidas), não é um processo jurídico, portanto, impossível de ser julgado com base em preceitos fixos e previamente estabelecidos.







por Max Rodrigues

sábado, 15 de maio de 2010

Quantas Vezes?

Me diga quantas vezes você precisa ver a verdade para acreditar nela?
Quantas vezes é necessário percebê-la e senti-la
E a ver escorregar entre seus dedos como cera quente deixando marcas em escarlate
Quantas vezes precisa ter sua pele aberta para acostumar-se com a dor

Me diga quantas vezes o passado irá lhe assombrar até que seus fantasmas sejam dissipados
Quantas desertos precisa cruzar até que reconheça uma fonte de águas e não se confunda com um oásis
De quantas montanhas precisa desabar para que seu corpo se torne firme o suficiente
Quantas lágrimas precisam escorrer até que seus olhos se neguem a cedê-las por isso

Me diga de uma vez, quantas perguntas mais precisa fazer para que enfim encontre a verdade
Quantas mentiras entrarão em seu coração até que a reconheça apenas com um olhar
Quantas vezes mais irá cair até que aprenda a voar
E quantos voos dará até que entenda que o que procura se encontra aqui embaixo

Quantas milhas mais precisa correr até aprender a enxergar o que o cerca
E quantos mais vai deixar para trás até que entenda como tudo aconteceu
E quantas vezes mais irá levantar seus olhos contra o sol ardente
Até que entenda que a lua pode iluminá-los sem dor alguma

Quantas vidas precisa viver até que aprenda a amar verdadeiramente
Quantos amores precisa perder para aprender a viver
E quantos amores mais a vida precisará lhe negar?
Quantas vezes? ...