Followers

sexta-feira, 30 de abril de 2010

Dignidade e Compaixão


A algum tempo postei aqui um texto cuja maior lição que se poderia tirar é que "cada atitude agressiva, é um pedido de ajuda".

O grande problema para compreender e reagir de acordo com isso é a forte natureza humana que nos leva instintivamente a combater o mal com o mal, concluindo que devemos lutar contra isso para que seja possível rebater uma ofensa com um gesto de amor.
Talvez essa seja a luta mais importante a ser travada em busca de uma harmonia plena.
Estudando um pouco mais sobre o mal, o pessimismo e a necessidade de desapego com expectativas, sobretudo a respeito das coisas que provém de outras pessoas, encontrei isto:


Quid superbit homo, cujus conceptio culpa,
Nasci poena, labor vita, necesse mori?
Por que há de se orgulhar o homem?
Sua concepção é uma culpa,
o nascimento, um castigo
a vida, uma labuta
a morte, uma necessidade!



"Por isto desejo (...) estabelecer a seguinte regra: com cada pessoa com quem tenhamos contato, não empreendamos uma valorização objetiva da mesma conforme valor e dignidade,não consideremos portanto a maldade de sua vontade, nem a limitação de seu entendimento, e a incorreção de seus conceitos (...) mas observemos somente seus sofrimentos, suas necessidades, seu medo, suas dores. Assim, sempre teremos com ela parentesco, simpatia, e, em lugar do ódio ou do desprezo, aquela compaixão que unicamente forma a agapé (amor), pregada pelo evengelho. " - Arthur Schopenhauer

O interessante nessa passagem é a propriedade, simplicidade e coerência com a qual o famoso "Filósofo do Pessimismo" trata esse tema que é tão controverso e incômodo e ao mesmo tempo sagrado e crucial.
Conseguir sintetizar atitudes positivas e amorosas, tendo ao mesmo tempo o desapego com qualquer tipo de retorno ou recompensa por parte do alvo dela, é um nível elevadíssimo de desconstrução de vaidades e amortização do ego. É sobre isto que tantas vezes escrevi e sobre o que trabalho com tanto afinco.
Que males porventura abalariam uma pessoa que busca praticar o bem, sendo psicologicamente imune ao mal que invariavelmente o assolaria? Que barreira ou obstáculo impediria um homem que busca o reino dos céus na Terra, caminhando ao lado do Criador, contudo tentando se livrar dia a dia de sua essência egoísta, que sufoca a divindade que há em nós, em busca de auto-realização, destaque e afagos emocionais?

O guerreiro que vence a si mesmo e neutraliza o foco do ataque inimigo é sem dúvida o mais preparado para vencer qualquer guerra.

Essa é sem dúvida alguma uma questão a se meditar seriamente, e ser colocada em prática o quanto antes.





[um doce pra quem identificar o merchan nessa foto :P]


'What shall we do to fill the empty spaces?
Where waves of hunger roar
Shall we set out across the sea of faces?
In search of more and more applause'

Formadores de Opinião



Todo cuidado é pouco ao ler um texto, absorver uma informação e permitir que sua opinião a qualquer respeito seja formada.
Já pararam pra pensar na terrível consequência de um efeito dominó no vício da formação da opinião pública? Em como o termo "opinião de massa" pode estar eivado de vícios sepulcrais?
É por ainda buscar esse filtro tão raro nos dias de hoje que conto com a brilhante explanação de Olavo de Carvalho sobre essa situação que macula a liberdade de expressão e opinião em todas as classes sociais atuais no Brasil e talvez no mundo.
Que pecado terrível é uma criança que não está na escola com as demais, que absurdo é o adolescente que não conclui o ensino médio e ingressa numa faculdade. Que abominação maior pode haver do que um adulto tentando se inserir no mercado de trabalho sem ter o diploma de um curso superior... Como pode ser chamado de homem um indivíduo que não age de acordo com todas as normas e convenções sociais impostas a ele, fiscalizadas pelos inflamados olhos de uma sociedade que ama o aparente mas tem aversão ao conhecimento e à profundidade?
Conceitos cedo formados e tardiamente questionados podem causar injustiças e muito sofrimento desnecessário... pobres dos que se importam.



"Nas próximas semanas, dedicarei uma série de artigos a analisar, com certa minúcia, algumas idéias do colunista da Folha, Contardo Calligaris, ou aquilo que ele imagina serem suas idéias, já que a mim me parecem mais reflexos condicionados. Antes de fazê-lo, porém, desejo esclarecer algo quanto à perspectiva desde a qual examino fenômenos como esse.

Um dos elementos básicos da educação é o aprendizado de comportamentos verbais que nos identifiquem com os grupos sociais cuja aprovação necessitamos. É todo um processo complexo e trabalhoso de mimetização de sentimentos, hábitos, cacoetes, preconceitos e manias que nos libertam do angustiante isolamento corporal a que nos condenou a natureza das coisas e nos dão a impressão de que somos “alguém”, pelo menos aos olhos dos outros, dos quais assim obtemos uma reconfortante confirmação da nossa existência e até, nos casos mais felizes, da nossa importância.

Completado esse treinamento, alguns indivíduos passam à etapa seguinte, que é a aquisição da alta cultura. Aí já não se trata mais de obter a aprovação dos nossos contemporâneos, mas de dialogar com os grandes homens de outros tempos e lugares, que não nos julgam pela nossa subserviência a um meio social determinado, e sim pela nossa fidelidade a valores e critérios que não são de nenhuma época, constituindo antes a condição da possibilidade de um salto entre as épocas. Esse aprendizado vai, fatalmente, na direção oposta à do anterior. Quando você já não busca a aprovação de qualquer meio social presente, mas de Aristóteles, de Dante, de Sto. Tomás, de Shakespeare e de Leibniz, você sabe que dela não resultará provavelmente nenhum benefício exterior, mas apenas a aquisição daquela consistência íntima, daquela sinceridade profunda que lhe permitirá ser de fato “alguém”, não aos olhos dos outros, mas da comunidade supratemporal do conhecimento, ainda que ao preço de tornar-se relativamente incompreensível aos contemporâneos. A partir desse momento você está habilitado a dizer como Dom Quijote: “Yo sé quien soy” – e a opinião dos circunstantes não pode afetar em nada aquilo que você apreendeu mediante vivência espiritual direta, solitária, sem mais testemunha ou interlocutor além da comunidade dos sábios mortos. Quando Sto. Tomás de Aquino recomendava “Tem sempre diante de ti o olhar dos mestres”, ele sabia o quanto a integração da alma no diálogo supratemporal pode custar em solidão de espírito, mas também sabia que essa solidão é o único terreno onde germina o desejo de conhecer a Deus (a não ser, é claro, que o próprio Deus decida falar com você por outros meios).

A sanidade de qualquer grupamento humano – um país, por exemplo – depende de que nele exista um número suficiente de pessoas dedicadas a este segundo aprendizado. É só por meio delas que a conversação contemporânea adquire um lugar e um sentido no quadro do universalmente humano, em vez de esfarelar-se numa infinidade de picuinhas que só parecem importantes na razão inversa da escala de tempo histórico em que são medidas.

Como a alta cultura desapareceu do Brasil, o uso da linguagem nos debates públicos limita-se hoje aos fins do primeiro aprendizado: as pessoas não falam ou escrevem para exprimir em palavras alguma experiência interior autêntica, mas para sentir que acertaram no tom e no estilo da platéia cuja aprovação anseiam para reforçar sua vacilante identidade pessoal com a chancela de um grupo de referência. Daí a necessidade constante, obsessiva, de ostentar bons sentimentos, entendidos como tais os sentimentos aprovados pelo grupo (e que podem, decerto, parecer desprezíveis ou abomináveis a outros grupos).

Como o grupo dominante na mídia e nas universidades, hoje em dia, é esquerdista e politicamente correto, o chamado “debate nacional” é apenas um torneio para decidir quem personifica melhor o amor sem fim às “minorias” oficialmente aprovadas como tais e o total desprezo pelas demais minorias, por exemplo os evangélicos ou os católicos tradicionalistas (os judeus são um caso espinhosamente ambíguo, obrigando as inteligências iluminadas aos contorcionismos verbais mais engenhosos para conciliar o respeito sacrossanto aos judeus mortos com o ódio visceral aos judeus vivos).

Quando, num desvario de independência pessoal, o sujeito se horroriza ante algum excesso do politicamente correto e escreve duas ou três palavras para criticá-lo, toma as mais extremas precauções para mostrar que só o faz no puro interesse dos próprios grupos visados, reintegrando portanto dialeticamente o momento de infidelidade aparente no fundo imutável da fidelidade essencial. Essas demonstrações de “divergência”, as mais extremas que o padrão nacional comporta hoje em dia, chegam até a ser aplaudidas como provas de originalidade, excelência intelectual e coragem quase suicida. O indivíduo capaz desses controladíssimos rompantes torna-se, no padrão geral vigente, a personificação mais próxima do que seria, em condições normais, o representante da alta cultura.

É isso o que, no Brasil de hoje, se chama de “formador de opinião”: um adolescente em busca de integração social, esforçando-se para imitar a linguagem e os modos de um grupo de referência, no máximo fingindo às vezes um pouco de discordância para poder ser aprovado, não como um membro qualquer entre outros, mas como um “intelectual”, talvez até como um “pensador”."

por Olavo de Carvalho

quinta-feira, 29 de abril de 2010

The Dark Side of the Humans



'O homem no fundo é um animal selvagem e terrível. Nós o conhecemos
unicamente no estado subjugado e domesticado, denominado civilização.
Porém, onde e quando a trava e a cadeia da ordem jurídica se rompem, o homem não deve crueldade e intransigência a nenhum tigre ou hiena.
À inveja, egoísmo de nossa natureza ainda se alia um estoque existente de ódio, ira, raiva e maldade reunidos, como o veneno no receptáculo do dente da cobra aguardando apenas a oportunidade para vir à tona; qual um demônio libertado a bramir sua fúria produzindo devastação."O ódio constitui de longe o prazer mais insistente; o homem ama às pressas, mas detestam longamente". (...) Gabineau, (...des races humaines), denominou o homem l'animal méchant par excellence (O animal perverso por excelência), o que desagrada as pessoas, porque se sentem atingidas; contudo ele tem razão, pois o homem é o único animal que incute dor a outro sem nenhum outro fim a não ser este mesmo. Nenhum animal maltrata apenas por maltratar , mas o homem sim, e isto constitui o caráter demoníaco, muito mais grave do que o simplesmente animal.'

'(...) é o querer-viver , que, amargurado mais e mais pelo contínuo sofrimento da existência, procura aliviar seu próprio padecimento causando o dos outros. (...) A pior feição da natureza humana permanece sendo o deleite pela desgraça alheia (...) estreitamente aparentada à crueldade (...) a satisfação na desgraça alheia é demoníaca e seu escárnio, o riso do inferno. '

É natural e mesmo inevitável que o homem, na contemplação do prazer e da propriedade alheios, sinta amargamente sua própria carência; apenas, isto não deveria erguer seu ódio contra o felizardo mas precisamente nisto consiste a inveja. (...) quando a inveja é produzida somente pela riqueza, posição social ou poder , freqüentemente é atenuada pelo egoísmo considerando que, do invejado, (...) se pode esperar ajuda, prazer , amparo, proteção, promoção etc., no contato com ele, iluminado pelo reflexo de sua distinção (...) Porém, a inveja orientada para as dádivas naturais e vantagens pessoais como é a beleza para as mulheres e o espírito para os homens, para esta inveja não há consolo ; nada mais lhe resta se não odiar os assim privilegiados. (...) da sua escuridão, o invejoso lançara sobre o invejado a censura, o escárnio, zombaria e calúnia, igual ao sapo que do interior de um buraco lança o seu veneno.' - Schopenhauer

Não há vício de que um homem pode ser culpado, nenhuma maldade, nenhuma baixeza, nenhuma indelicadeza que excita tanta indignação entre seus contemporâneos, amigos, vizinhos, como o sucesso. Este é o crime imperdoável, que a razão não pode defender nem a humildade mitigar. A genialidade é obrigada a pedir perdão.






Alguns acontecimentos recentes fizeram com que eu me perguntasse: Qual é a origem do mal?


"Perhaps you prefer a gentleman.
One of those fine-mannered and honorable gentlemen.

Thoso painting hypocrites who like your legs

but talk about yout garters."
mr. Hyde


Para alguns o mal está presente apenas em algumas pessoas, para outras, em nenhuma delas, atribuindo-lhe somente a espíritos, demônios e sensações momentâneas.
No contexto bíblico, fica claro que o mal nasceu do pecado do homem, exilando-o do jardim paradisíaco, para uma terra corrompida, com plantas espinhosas, venenosas, animais violentos, e longe da presença e a graça multiforme de Deus; necessitando assim de fazer algo para religá-lo com sua essência, que seria puramente boa (à imagem e semelhança de Deus).

Já Rousseau tinha a visão de que o homem é um ser iminentemente bom, é o meio que o corrompe. Argumento esse que por um bom tempo teve a minha simpatia. Vemos nos animais, a ausência da consciência, e por isso a ausência do mal gratuito, tendo-os observado agir com violência somente diante da necessidade de conseguir alimento, proteção de si e de seus filhotes ou bando, ou quando ameaçados. Um homem criado fora desse contexto predatório, competitivo e destrutivo que é a sociedade atual poderia reagir como um lobo, por exemplo? Hoje acho difícil.

Arthur Schopenhauer, no decorrer de suas obras, tecia impressões sobre o real caráter e essência dos seres humanos, criando pensamentos que acabaram por fundar a teoria do Pessimismo Filosófico, considerando a vida como um sofrimento contínuo, e as pessoas como seres maus, mesquinhos e egoístas, sendo os bons momentos apenas ilusões momentâneas, prazeres temporários e fugazes da dor, condicionando-os a futuras decepções. Dessa forma qualquer grande expectativa para a vida e boa projeção sobre quaisquer pessoas, sejam uma garantia de frustração iminente.

Creio que o mais razoável seria compreender a razão do contexto bíblico, da maldade natural somado com a influência social de Rousseau, e tendo consciência da eventual ocorrência do pensamento pessimista de Schopenhauer. Expectativas elevadas não são necessárias, a meu ver, para motivar atitudes e esforços no sentido da consecução de um fim específico, quanto mais se esse fim depender em qualquer instância, do envolvimento de outra pessoa.

Podemos observar o quanto a busca pelo aprimoramento pessoal está em destaque nos dias de hoje. A todo momento vemos por aí cursos de especialização, de cuidados-mil com o corpo, com a mente, com o currículo, com o futuro, com as finanças... Todos querem melhorar! Todos querem tentar explorar o máximo de si. Mas com que objetivo?

Penso que os fins não justificam os meios, e que uma boa ação consequente de uma má intenção não é boa. Mais do que nunca nos vemos diante de uma competição louca, desmedida e inquestionada pra sermos cada dia melhores, e cada vez mais rápido! Será que queremos ser melhores pra fazermos desse melhor, um todo melhor, ou serviria apenas para garantir nosso destaque e projeção para esmagar nossos "concorrentes", ou para fazer do todo um lugar melhor?

Os fundamentos de um Estado Democrático (onde teoricamente se situa o Brasil), segundo o primeiro artigo de nossa Constituição Federal, são:

I - a soberania;
II - a cidadania;
III - a dignidade da pessoa humana;
IV - os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa;
V - o pluralismo político.


Soberania do estado, dignidade da pessoa humana (Declaração Universal dos Direitos Humanos), valores do trabalho e da iniciativa (e não dos feriados e da preguiça), pluralismo político (que já virou a farofa que tá hoje), e a cidadania.

Cidadania que vai, ou pelo menos deveria ir, muito além de conhecimento e exercício de direitos políticos, de fazer greves ou reclamar do estrago que vem sendo feito em Brasília.
Cidadania pressupõe vida em coletividade, um grupo que luta pelo todo, não pelo individual; cidadania que traz a predominância do coletivo sobre o privado, do bem comum sobre a superação e aprimoramentos individuais.

Claro, não há nada de errado com sua aula de Ioga, seu curso de Húngaro ou a série de livros sobre auto-hipnose subliminar que você encomendou pela internet; eu falo de valores e objetivos finais na vida. Falo sobre saber o porque de tanto esforço, se vale a pena viver uma vida voltada pra si, pra aumentar a desigualdade porca que impera no nosso país, virando quase que uma característica cultural do país. Já imaginaram que lindoo slogan? BRASIL - O país do carnaval, do futebol e da desigualdade social... pay us a visit!

Eu fugi um pouco do ponto, na verdade eu queria falar sobre a maldade do ser humano e não do egoísmo e falta de consciência social do mesmo.

O fato é que cada dia mais eu me surpreendo em ver o prazer que algumas pessoas parecem ter em depreciar as outras. Parece introdução de assunto clichê de quem recebeu críticas e não gostou, ou foi alvo de fofoca (tendo dado motivo) e resolver dar o troco, mas não é.
Realmente me causa um certo medo, ver como as pessoas não relutam, não se medem na hora de rebaixar os outros, de contar aquilo que vai deixar uma pessoa (que não vai estar ali na hora) mal na frente de todos, como se deixando aquele indivíduo pior, você se tornasse melhor assim.
Típico princípio de se nivelar por baixo, de querer puxar o tapete do outro pra ficar mais alto que ele. É verdade que por causa das convenções da sociedade, da auto-preservação egoísta de querer ser visto como um querubim apesar de fazer essas capetices, muita da maldade inerente fica guardada na mente, ou presa na garganta, não é dita pois a ter a imagem impecável diante dos outros é mais importante ainda do que depreciar o outro pra ficar ainda melhor no conceito geral. Mas ai do primeiro que ousar abrir a porteira e dar a oportunidade... certamente palavras sairão sem a menor cerimônia emporcalhando o chão com seu conteúdo sujo e vil. E incrivelmente a sensação de tê-lo feito ainda soa bem aos paladares mais corrompidos que sequer diferem o azedo do doce, o amargo do salgado, em vista da espessa camada de lixo que por ali escorre diariamente.

"Se pomos freios na boca dos cavalos para que nos obedeçam, então conseguimos dirigir todo seu corpo. Vede também os navios, conduzidos por um pequenino leme para onde quer o impulso do timoneiro, embora sejam tão grandes e levados por ventos impetuosos. Assim também a língua é um pequeno membro do corpo, e se gaba de grandes coisas. Vede como um grande bosque é incendiado por um pequeno fogo." Tg 3: 3-5

Assim fica claro e cristalina qual é a natureza humana, para onde correrão seus corcéis se não forem domados e guiados com rédea curta, dia após dia.
Afinal as influências e aprendizados oferecidos de mãos abertas pelo sistema que suja a boca são como um banquete para que o lado negro das pessoas aflore, domine e massacre sem dó nem piedade. Quem dirá ressentimento ou peso na consciência; essas palavras sequer rodeiam a mente escura e sombria que produz discórdia sem pensar, maldade sem cessar e morte sem hesitar.

O pior acontece quando aquela matéria negra flutua suavemente até os ouvidos igualmente podres que se tornam ambiente agradável e serve de motor para que aquele petróleo se transforme novamente numa gasolina que em nada demoraria para explodir novamente diante do contato com a primeira faísca.

E com isso pode-se ver a sociedade por cima, uma nuvem negra, como uma praga, poluindo as fontes de águas vivas, contaminando as nascentes puras e distorcendo covardemente as mentes que lutam para que a essência maligna do ser humano não domine completamente seu ser.
A única forma que eu conheço de impedir um motor de produzir energia, é parando de alimentá-lo, ou mudando seu combustível para que seu funcionamento produza algo diferente.

A luta é difícil, constante e covarde, mas não estamos sozinhos nela. O maior segredo do vencedor é saber escolher o lado pelo que lutar, pois não há nada mais lastimável que vencer uma guerra para o mal.


"Porque os seus pés correm para o mal,
e eles se apressam a derramar sangue"
Pv. 1:16







“Ou o mal que tememos, existe ou o próprio temor é o mal.
Por que o divino, sendo onipotente, não poderia mudar,
transformar, para que não restasse mais a semente do mal”
Santo Agostinho














You lock the door
And throw away the key
There's someone in my head but it's not me.
And if the cloud bursts, thunder in your ear
You shout and no one seems to hear.
And if the band you're in starts playing different tunes
I'll see you on the dark side of the moon.



"I can't think of anything to say except...
I think it's marvellous! HaHaHa!"



segunda-feira, 12 de abril de 2010

O Incomparável



"Aquele que vem do alto e está acima de todos.
...o Incomparável!

Quem é esse de que falo?
Os personagens de destaque na história perdem sua importância na presença do Incomparável.

Ele é a Coroa do Universo. O Cumprimento das professias. O Salvador do mundo
Cristo sobrepuja a todos. Ele é a Vox Humana em toda música e a estética em toda escultura.

Ele é a mistura mais aprimorada de luz e sobra em toda pintura.
Ele é o ápice da realização em qualquer empreendimento.

Para o artista ele é o Supra-sumo da Beleza; para o arquiteto, a Pedra Fundamental.
Para o astrônomo Ele é a brilhante Estrela da Manhã; para o padeiro, o Pão da Vida.
Para o biólogo Ele é a Vida; para o construtor, o Alicerce Seguro.
Para o carpinteiro Ele é A Porta; para o médico, o Médico dos Médicos.
Para o educador Ele é o Grande Mestre; para o engenheiro, o Caminho Novo e Vivo.
Para o geólogo Ele é a Rocha Eterna; para o escritor; a Palavra Viva.
Para o fazendeiro Ele é o Semeador, o Senhor da Colheira; para o floricultor, A Rosa de Sarom e o Lírio do Vale.
Para o paisagista Ele é a Videira Verdadeira; para o juiz, o Justo Juiz de toda humanidade.
Para o jornalista Ele é Boas Novas de grande alegria; para o filósofo, a Sabedoria Divina.
Para o pregador Ele é a Palavra de Deus; para o estadista, o Desejo de Todas as Nações.
Para o trabalhador Ele é o Provedor de descanso; para o pecador, O Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo.
Para o cristão Ele é O Filho do Deus Vivo, O Salvador, O Redentor e Senhor.
Para o discípulo Ele é o Comandante Geral, que nos dá suas ordens com clareza incondicional e inconfundível.

Ele é Cristo, o Incomparável."


Dr. John Edmund Haggai

E se os homens...


"Bom, hoje decidi falar um pouco sobre a mulher ideal pra mim.

Eu sou alguém que gosta de aproveitar as coisas boas da vida. Gosto de conforto, de viajar pra lugares chiques e legais. A minha mulher ideal precisa ter carro. Pegar busão? Tá louco? Eu não nasci pra andar de ônibus com mulher não. Eu me visto todo bem e tal, me preparo pra sair por ai pegando condução? Pra mim carro é requisito me desculpem as que andam a pé! E nada de fuscas ou carros velhacos afins né gente!

Outra coisa importante é que a guria saiba o que quer. Isso quer dizer, tenha uma carreira estável, bom nível acadêmico. Desculpe-me as universitárias e as que só tem ensino médio mas, tem que ter ensino superior pra cima. Sabe, os papos não batem, não ia dar pra ela me acompanhar na conversa, pega muito mal isso sabe. Na carreira profissional que seja alguém que esteja subindo, seja importante, saiba o que quer, tenha futuro. Não quero pé rapadas presas em empreguinhos sem futuro. A vida é curta e eu quero aproveitá-la ao máximo! Não ficarei presa a perdedoras sabe, decoradoras, secretarias, vendedoras, professoras, gurias que trabalham em cargos baixos de empresas. Por favor!

A guria tem que ter estilo. Gosto de mulheres estilosas, elegantes, que sabem se vestir, combinar, roupas de marca. Triste sair com gurias chinelentas, que a usam rasteirinha, calça jeans ou ainda calça jeans e havaianas! Que coisa ridícula! Por favor se vistam bem. E tem que estar sempre com as unhas feitas e pintadas, sempre cheirosa (nada de perfuminhos da Avon!), cabelo impecável chapeados e lisinhos com bela cor em dia (loiras falsas, por favor sem aquele preto horrrriiivell na raiz!), bem depiladas também. Eu quero apresentar pros meus amigos e família, não posso apresentar uma mulambenta ma vestida. Pelo amor de deus, elegância gurias elegância!

Para me conquista a guria tem que ser muito boa de papo. Nada de papos de novelas, chatices, problemas. Tem que ter alto astral, inteligência, bom humor, presença, liderança, legal, honesta, sincera, dinâmica, otimista, confiante. Confiança é fundamental! Nada de tímidas e sem atitude não!

Importante também a mulher ser alta, afinal as mulheres atletas, saudáveis e que se destacam por uma boa saúde estão sempre em forma, desenvolvidas. E nada de magrinhas nem gordinhas também, a mulher deve ter o corpo bem cuidado, com as curvas nos lugares certos, afinal quem não cuida da silhueta não passa uma boa impressão por aí!

Outra coisas importantes é, gosto de ser mimado. Presentes, surpresas fora de hora. Que homem não gosta disso? Levar naquele restaurante que a gente gosta, tudo pago, com luzes de vela, pedindo tudo do bom e do melhor. Que homem não gosta disso? Tem que surpreender, não pode levar pro marasmo e pra rotina! Não pode simplesmente conquistar e esquecer! Ficar vendo novela e falando ninguém quer, queremos ação, queremos emoção, sair da rotina, ser conquistados TODO DIA!

A mulher ideal deve ter bom senso e entender meu lado. Tem dias que temos altos e baixos de humor! Que estamos chatinhos, querendo ficar no nosso canto, que damos umas patadas.. mas tem que entender nosso lado! Temos momentos ruins e queremos apenas ficar quietos com vocês, sem falar apenas agüentando a gente por uns momentos que a gente volta ao normal.

Gostamos de companheiras, que façam nossos programas. Que vão beber no bar, jogar fliperama, ver filmes de guerra e vibrar com urros com a gente.. Sim isso é legal. Se NÃO DER ASSISTENCIA ABRE PRA CONCORRENCIA!!! A FILA ANDA! Tem que CUIDAR TODO DIA E SER COMPANHEIRA!

Eu não gosto de dividir a conta também. Não gosto de machismo! A mulher deve pagar a conta isso se chama cavalheirismo moderno. Hoje em dia os homens conquistaram seu lugar na sociedade como pessoas com sentimentos e que podem se abrir e serem cuidados e mimados. E depois de muito preconceito que sofremos por milhares de anos, as mulheres podem nos respeitar como iguais e agora podemos ser tratados como não apenas escravos emocionais e financeiros mas como pessoas que somos! Por favor nada de machismos!

Exigente? Não! Realista! Eu quero um amor, um amor maior que eu!"



Para quem achou esse texto absurdo, permita-me completar o título da postagem:

"E se os homens agissem como as mulheres na conquista e nos relacionamentos?"

Estranho como soa descabido um homem fazer certas exigências, mas perfeitamente aceitável e "moderno", uma mulher exigir tudo isso, não? Provavelmente durante a leitura alguns pensaram: "esse cara deve se achar o super-homem pra poder exigir isso de uma mulher, né?".

Pois fica a dica então... será que estamos tendo uma superpopulação de super-mulheres nos tempos modernos?

Coerência... coerência... não é pedir demais meninas ;)

E homens, parte da culpa por essa situação ridícula é de vocês. Endeusar mortais falhas e imperfeitas por certos "motivos" traz consequências realmente complicadas.



adaptado do texto postado originalmente por Silvio Koerich