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sábado, 27 de fevereiro de 2010

Fantasy lifes, material lies

'all you touch, all you feel, that is the matrix'



Frequentemente me pergunto aonde vão os limites da realidade, e onde entram os sonhos, planos, devaneios, fantasias e mentiras. No plano material está tudo o que nossos olhos podem ver, estimulados e percebidos por sentidos dos quais nos condicionamos a depender. Esse sentidos certamente foram bastante úteis e fundamentais para a vida do homem... Até agora.

Com o advento da progressiva evolução tecnológica e consequente alteração dos padrões de conduta rotineira da humanidade, percebemos claramente uma mudança drástica na forma de percepção do mundo. Cada vez mais o mundi virtual e todas as suas remificações regem o dia-a-dia do homem contemporâneo, transformando antigas certezas em dúvidas, tabus em relatividade e luz em fumaça... Até onde nossos relacionamentos, são verdadeiros? Até onde informações, estímulos e ideais passados através de uma tela digital devem ou podem ser levados em conta?

É realmente incrível como essa nova realidade, que se expande quase que de maneira cósmica, como um big-bang dimensional, firma raízes em nosso subconsciente, e consequentemente na nossa essência. Como pode um canhão de elétrons nos atingir com tanto impacto? Palavras são ditas mas sem voz, sem expressão, sentimentos são transmitidos sem olhares, sem o toque de uma mão morna, mas ainda assim surpreendentemente atingem o interior das pessoas, modificando suas atitudes, seus pensamentos, suas vidas. Até onde isso será confiável?

Materializar o que foi digitalizado pode (e é) um processo demasiadamente complexo, e proporcionalmente perigoso... embora milhões e milhões de pessoas o façam sem hesitar dia após dia. A humanidade se vê mergulhada nesse universo de bytes, números, cores e códigos, sem sequer fazer ideia de quais são os princípios que o regem. Muitos dizem ser uma terra de ninguém, um espaço totalmente livre e desregrado que permite que as mentes mais distorcidas e incontidas por qualquer variável social possam ser mais que pernas, asas. Um voo irrestrito, freado timidamente por leis que ainda engatinham, tentando acompanhar o desenvolvimento catastrófico das atitudes de algumas dessas mentes sem barreiras; como o ar que causa um atrito ínfimo no plainar de uma ave.

Desde o nascimento aprendemos a depender do auxílio, da proteção, da colaboração ou mesmo da compreensão de outras pessoas para enfrentar todo e qualquer obstáculo que a vida venha nos impor. Alguns permanecem com essa garantia, essa certeza, esse alívio por toda a vida, outros gradativamente aprendem a voar por si mesmos e sobrepõem-se a tais situações, mas no mundo sem leis, todo e qualquer auxílio ou proteção de mostram inexistentes, a exposição é inevitável, completa e irrestrita. O antes tão confiável mundo material e táctil dá lugar ao intocável, ao metafísico, dá lugar a algo em que palavras se misturam palavras e pensamentos, intenções e atitudes, verdades e mentiras.

Sem dúvida a cada passo dado para frente na trilha do desenvolvimento, diversas ramificações paralelas são desnudadas, e pouco é feito no sentido de apará-las ou mesmo compreendê-las, e os caminhantes da estrada da sobrevivência se veem desamparados, ignorantes e indefesos. Sorte mesmo dos que por si só desenvolveram asas que os permite passar acima de tudo isso. É o que muitos chamam de superação do eu, morte do ego, ou o lendário 'superhomem' apresentado por Zaratustra.

Afinal quem poderia não se sentir perdido num mundo criado por homens? Homens tão falhos, tão influenciáveis, tão incompreensíveis... Seres que não descobriram plenamente a ponto da prática, nem mesmo as regras que deveriam aplicar a si mesmos, com fulcro de encontrar paz, harmonia e felicidade, quem dirá de suas capacidades de criar para si um universo próprio?

Aviso para os que não tem asas... todo cuidado é pouco quando se caminha para dentro daqueles olhos...

eyes...

computer eyes!






























'Lost in a world created by Man
I can't recall how it all began
Tell me who am I?

Fictional stars in lost Galaxies
Synthetic dreams and false Memories
Is it all a lie?

Virtual reality - computer Override
Actual fantasy locked away Inside
Am I no more than a Program
An artificial dream
A river of electrons flowing With the stream
A parallel dimension battle Simulations
Mind over matter brain Stimulation
I don't know if I exist I think Therefore I am
Without emotions I'm but a Hologram
There's no escape I'm locked In this universe
Where fantasy dies material Lies
Computer eyes

There is no escape
There is no way out of here
I'm locked in this universe
The real world will disappear
Where fantasy dies
You will see our dreams
Material lies
Materialize
Computer eyes
Computerize'


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