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domingo, 28 de junho de 2009

*Dance Monkeys, Dance

*postado originalmente em 01/03/08



O homem natural: um ser solitário, possuidor de um instinto de autopreservação, dotado de sentimento de compaixão por outros de sua espécie. O homem natural vive o presente, é robusto e bem organizado, apesar de não possuir habilidades específicas, pode aprendê-las todas, é inocente não possuindo noções do bem e do mal e possui duas características que o distingue dos outros animais que são a liberdade e a perfectibilidade (capacidade de aperfeiçoar-se).
Vivendo em sociedade, com poucas necessidades e com condições de atendê-las o homem teria tudo para ser feliz. O homem natural é uma ficção criada por ele para explicar sua teoria, que tal homem não existiu em época alguma da história, portanto seu texto não estaria desta forma contrariando as escrituras sagradas.
No Discurso sobre a origem e os fundamentos da desigualdade entre os homens Rousseau nos mostra um problema, a degeneração social provocada pelo distanciamento que o homem social está do homem natural.

A fonte de todos os males existentes no convívio humano está no próprio desenvolvimento da sociedade moderna. O homem natural basta a si mesmo e assim é feliz, enquanto o homem artificial depende do trabalho e da cooperação dos outros para encontrar a felicidade perdida, vivendo então em uma constante infelicidade.
A vida doméstica torna o homem, como os outros animais domesticados, mais fraco e medroso. Sendo assim, ao invés de satisfazerem seus desejos instintivamente, os humanos querem sempre mais do que lhes é suficiente, deixando que sua vontade comande seus comportamento, deformando os sentidos já saciados. Na natureza não há diferença significativa entre os indivíduos da mesma espécie, toda desigualdade surge do convívio social.

(...) O homem selvagem e o homem policiado diferem de tal modo, tanto no fundo do coração quanto nas suas inclinações, que aquilo que determinaria a felicidade de um reduziria o outro ao desespero. O primeiro só almeja o repouso e a liberdade, só quer viver e permanecer na ociosidade e mesmo a ataraxia do estóico não se aproxima de sua profunda indiferença por qualquer outro objeto. O cidadão, ao contrário, sempre ativo, cansa-se, agita-se, atormenta-se sem cessar para encontrar ocupações ainda mais trabalhosas; trabalha até a morte, corre no seu encalço para colocar-se em situação de viver ou renunciar à vida para adquirir a imortalidade; corteja os grandes, que odeia, e os ricos, que despreza; nada poupa para obter a honra de servi-los; jacta-se orgulhosamente de sua própria baixeza e da proteção deles, e, orgulhoso de sua escravidão, refere-se com desprezo àqueles que não gozam a honra de partilhá-la.



- http://www.youtube.com/watch?v=7vb1DbOK-9Y









ps: dêem os créditou a Rousseau :)

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