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domingo, 28 de junho de 2009

* The Search

*postado originalmente em 29/04/07





O que buscamos em nossa vida?

Vivemos numa sociedade pós moderna... afogados em desejos e contradições. Buscamos prazer, emoções e sentimentos acima de tudo. Sem nunca nos questionarmos se isso seria um fim louvável, ou se a satisfação trazida por tais ideais supriria aquilo que sentimos faltar no nosso interior.
Mas nesse tortuoso caminho nos esquecemos do mais importante, deixamos para trás valores e atropelamos princípios, nessa busca desvairada pelo que nem sabemos direito o quê. Esquecemos de que mais vale ser do que parecer, esquecemos do sangue derramado por tantas e tantas gerações para conquista de direitos e resguardo e preceitos morais, éticos.
O que conta nos dias de hoje não é o comum, não é o todo, o que vale é apenas o eu, apenas o pequeno e mísero mundo que construímos em nossa mente; com falsos parâmetros de individualidade, pois na verdade acabamos sendo todos frutos de uma mesma árvore podre e degradada. Assistimos exemplos de famílias que surgiram nas mentes mais destruídas e perturbadas por um vida ceifada de amor, compreensão, apoio, mas repleta de confusões, dissensões, ódio, amargura, desequilíbrio. Nos vestimos seguindo criações de pessoas que não conseguem criar sequer uma identidade para si mesmas, perdidas entre vícios, dilemas pessoais e uma vida tortuosa.
Esquecemos de valorizar o que se deve. Não conseguimos tomar rumos, seja pelas palavras de nosso criador, que tanto tenta nos mostrar o caminho. Damos as costas a Ele. Como um cardume de sardinhas subindo o curso de um rio sem saber porque nem como, apenas seguindo intertes para as garras do desconhecido. Não nos damos sequer ao trabalho de observar como as coisas são em seu estado mais puro, mais intocado, a natureza.

Não pensamos porque as belas rosas tem espinhos, não nos questinamos porque as mais belas plantas são venenosas, as mais poderosas e frondosas aves, que dominam soberanas e livres o horizonte, são também as mais ferozes e de difícil acesso; porque será que os mais intrigantes mistérios que rondam a natureza bem como os mais maravilhosos fenômenos se dão de forma tão rara e peculiar?
Porque isso?

Porque será que é só pútrido universo humano que busca-se com mais fervor o óbvio, o fácil, o entregue, o dado, o exposto, o massificado e sedimentado? Não percebem aí uma relevante contradição? Caminhamos para tempos preocupantes, estamos como galhos secos entrando em um redemoinho, girando cada vez mais rápido e para o centro da perdição total. Estamos cada dia mais como uma folha de papel branca em contato com a tinta preta. Absorvendo cada vez mais e mais aquilo que nos contamina e nos modifica de forma aparentemente irreversível. Afogados em conceitos falhos e idéias tão consistentes quanto folhas em uma tormenta. E pensamos estar indo no caminho certo. Seguindo nosso odioso e enganoso coração... Felizmente as coisas só terminam no fim... ainda não é tarde. AINDA...

Faça a diferença.




















"Se um homem pudesse ter metade dos seus desejos realizados, teria mais aflições do que prazeres." Benjamim Franklin

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